Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
A tricotilomania é um transtorno psicológico complexo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Sua principal característica envolve a compulsão em arrancar os próprios cabelos ou pelos do corpo.
Convém mencionar que essa condição pode causar um impacto significativo na vida dos indivíduos que a vivenciam.
Portanto, compreender as causas subjacentes, os sintomas manifestados e as opções de tratamento disponíveis é essencial para oferecer apoio e assistência às pessoas que lutam contra essa condição desafiadora.
Neste artigo, falaremos sobre o que é tricotilomania, suas causas, sintomas e tratamento. Boa leitura!
O que é a tricotilomania?
A tricotilomania é uma condição que transcende a mera ação física de arrancar cabelos ou pelos. Ela é um distúrbio psicológico complexo que muitas vezes está enraizado em questões emocionais e psicossociais mais profundas.
Então, para muitas pessoas que vivenciam a tricotilomania, o ato de arrancar os cabelos serve como uma forma de alívio temporário de sentimentos intensos de ansiedade, estresse, tédio ou desconforto emocional.
Essa compulsão acompanha uma sensação de tensão crescente antes do ato de arrancar os cabelos, seguida por um breve alívio ou gratificação imediata durante o ato.
Esse alívio é frequentemente seguido por sentimentos de culpa, vergonha e remorso, o que pode perpetuar o ciclo vicioso do transtorno.
Embora a tricotilomania possa se manifestar de diferentes formas e em diferentes graus, é importante reconhecer que essa condição é real e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e no bem-estar emocional das pessoas afetadas.
Quais são as causas da tricotilomania?
As causas da tricotilomania não são completamente compreendidas, envolvem uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos, psicológicos e ambientais.
Então, separamos algumas das causas potenciais associadas à tricotilomania, embora possa variar de pessoa para pessoa:
Fatores genéticos
Estudos sugerem que a tricotilomania pode ter uma predisposição genética, em que a condição ocorre em famílias com histórico de transtornos psicológicos.
Assim, a herança genética pode influenciar a vulnerabilidade de uma pessoa ao desenvolvimento da tricotilomania.
Disfunção neurobiológica
Alterações na química cerebral, especialmente nos neurotransmissores, como serotonina e dopamina, podem contribuir para a tricotilomania.
Dessa forma, esses desequilíbrios neuroquímicos afetam a regulação do humor, comportamento impulsivo e respostas ao estresse, contribuindo para a compulsão de arrancar os cabelos.
Fatores psicológicos
A tricotilomania muitas vezes está ligada a problemas emocionais, como ansiedade, estresse, depressão e baixa autoestima.
Portanto, o comportamento de arrancar os cabelos pode ser uma forma de lidar com esses sentimentos difíceis ou buscar alívio temporário.
Ambiente e experiências de vida
Eventos estressantes ou traumáticos, como abuso físico, emocional ou sexual, podem desencadear ou agravar os sintomas da tricotilomania.
Além disso, mudanças significativas na vida, pressão social ou dificuldades familiares também podem influenciar o desenvolvimento desse transtorno.
Aprendizado e modelagem comportamental
O comportamento de arrancar os cabelos pode ser aprendido por meio da observação de outras pessoas, especialmente em ambientes onde esse comportamento é tolerado ou até mesmo encorajado.
Então, a modelagem comportamental e o reforço social podem contribuir para a manutenção desse padrão de comportamento compulsivo.
Principais sintomas da tricotilomania
Os sintomas da tricotilomania são diversos e podem se manifestar de formas diferentes para cada um.
Compreender esses sintomas é crucial para diagnosticar e abordar adequadamente esse transtorno, proporcionando apoio e tratamento eficazes para aqueles que vivenciam essa condição desafiadora.
Assim, os principais sintomas da tricotilomania incluem:
- Compulsão de arrancar os cabelos: O sintoma mais evidente da tricotilomania é a compulsão irresistível de arrancar os próprios cabelos ou pelos do corpo.
- Tensão prévia: Muitas pessoas experimentam uma sensação de tensão crescente antes de arrancar os cabelos, que acompanha por uma sensação de urgência ou excitação.
- Sensação de alívio ou gratificação: Após arrancar os cabelos, muitos indivíduos experimentam uma sensação temporária de alívio, prazer ou gratificação.
- Sentimentos de culpa e vergonha: Esses sentimentos frequentemente surgem após o ato de arrancar os cabelos, contribuindo para o ciclo de comportamento compulsivo.
- Perda de cabelo ou áreas calvas: Como resultado do arrancamento frequente, pode ocorrer perda perceptível de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo, sobrancelhas, cílios ou outras partes do corpo.
- Dificuldade em controlar o comportamento: As pessoas com tricotilomania geralmente têm dificuldade em resistir ao impulso de arrancar os cabelos, mesmo quando estão cientes das consequências negativas.
- Impacto na autoestima e na qualidade de vida: A tricotilomania pode causar significativo desconforto emocional, prejudicar a autoestima e interferir nas atividades diárias, relacionamentos e desempenho ocupacional ou acadêmico.
- Comportamentos de ritualização: Alguns indivíduos podem desenvolver rituais específicos associados ao comportamento de arrancar os cabelos, como procurar cabelos com uma textura específica ou arrancá-los de maneira particular.
É importante reconhecer que os sintomas da tricotilomania variam em gravidade e frequência ao longo do tempo e podem ser afetados por fatores emocionais ou situações desencadeantes.
Como a tricotilomania impacta a vida do indivíduo?
A tricotilomania pode ter um impacto significativo na vida do indivíduo, afetando diversos aspectos emocionais, sociais e físicos.
Separamos aqui algumas maneiras por meio das quais essa condição pode impactar a vida do indivíduo:
Consequências emocionais
A tricotilomania desencadeia uma gama de consequências emocionais, incluindo estresse, ansiedade e baixa autoestima.
Além disso, o comportamento compulsivo de arrancar os cabelos pode gerar uma sensação de impotência e frustração, levando a sentimentos intensos de vergonha e culpa.
Assim, indivíduos afetados muitas vezes enfrentam um ciclo emocional desafiador, alternando entre o alívio temporário após arrancar os cabelos e o sofrimento emocional decorrente dos danos causados.
Essa montanha-russa emocional pode impactar negativamente a saúde mental, contribuindo para o desenvolvimento de problemas como depressão e isolamento social.
Problemas de imagem corporal
A perda de cabelo associada à tricotilomania pode ter um impacto significativo na autoimagem e autoconfiança do indivíduo. Ademais, sentimentos de vergonha e inadequação podem surgir devido à percepção alterada da própria aparência física.
Isso pode levar a uma preocupação excessiva com a aparência e ao desenvolvimento de problemas de imagem corporal, afetando a saúde mental e o bem-estar emocional.
Comprometimento das atividades diárias
A tricotilomania pode interferir nas atividades diárias do indivíduo, como trabalho, escola e hobbies, pois o comportamento compulsivo de arrancar os cabelos pode diminuir a capacidade de concentração e prejudicar o desempenho acadêmico ou profissional.
Além disso, a preocupação constante com o arrancamento dos cabelos pode consumir tempo e energia, reduzindo a motivação e a produtividade em outras áreas da vida.
Em resumo, a tricotilomania pode ter um impacto profundo e multifacetado na vida do indivíduo, afetando não apenas sua saúde emocional e mental, mas também suas relações sociais, autoimagem, atividades diárias e saúde física.
Diagnóstico
O diagnóstico da tricotilomania é realizado por profissionais de saúde mental, por meio de uma avaliação detalhada do indivíduo.
Isso envolve uma entrevista para entender os sintomas, histórico médico e psicossocial, bem como a exclusão de outras condições médicas que possam causar a perda de cabelo.
Então, após a avaliação, é fornecido um diagnóstico formal e desenvolvido um plano de tratamento personalizado para ajudar o indivíduo a gerenciar seus sintomas, melhorar sua qualidade de vida e manter um acompanhamento da sua condição.
Como tratar a tricotilomania?
O tratamento da tricotilomania geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é recomendada, visando identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento associados ao arrancamento dos cabelos.
Outros métodos envolvem aconselhamento individual ou em grupo, que podem fornecer suporte emocional e estratégias de enfrentamento.
Ademais, práticas de relaxamento, como meditação e exercícios de respiração, também podem ser úteis para reduzir a ansiedade e a tensão que desencadeiam o comportamento de arrancar os cabelos.
Por isso, buscar tratamento especializado para desenvolver um plano personalizado que atenda às necessidades específicas de cada indivíduo e promova a recuperação e o bem-estar emocional.
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