Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Amanda Mendes - Psicólogo CRP 06/155761
A Síndrome de Asperger é uma condição que ainda gera muitas dúvidas na sociedade, sobretudo no que se refere à sua relação com o autismo. Seriam a mesma condição?
Então, para além dessa questão, é muito importante conhecer a Síndrome de Asperger para quebrar tabus e preconceitos e oferecer o suporte necessário aos seus portadores.
Por isso, neste artigo, trouxemos diversas informações sobre essa condição, inclusive uma explicação completa sobre a sua relação com o Transtorno do Espectro Autista. Confira!
O que é Síndrome de Asperger?
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico que afeta a forma como os indivíduos percebem o mundo e interagem com ele e com as pessoas.
Então, isso significa que essa síndrome altera o desenvolvimento da pessoa e compromete as suas habilidades de socialização, de comunicação e de expressão das emoções.
Essa condição está enquadrada dentro da categoria Transtornos do Neurodesenvolvimento, conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).
É muito importante reforçar que a Síndrome de Asperger não é uma doença, mas sim uma forma diferente de as pessoas perceberem e interagirem com o mundo.
Síndrome de Asperger é a mesma coisa que Autismo?
Como mencionamos no início deste artigo, essa é uma das principais dúvidas das pessoas. Nesse sentido, saiba que a Síndrome de Asperger está inserida no escopo do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Ela é considerada uma forma mais branda e leve do autismo. Inclusive, muitos profissionais chamam a Síndrome de Asperger de “autismo leve” ou “autismo nível 1”.
Quais são as causas da Síndrome de Asperger?
As causas da Síndrome de Asperger não são totalmente compreendidas. Até o momento, acredita-se que ela seja desencadeada por fatores neurobiológicos que afetam o desenvolvimento cerebral do indivíduo.
Quais são os sintomas dessa síndrome?
Os sintomas da Síndrome de Asperger podem aparecer ainda nos primeiros anos de vida da criança. A maioria dos diagnósticos é realizada na fase escolar, quando os obstáculos para a socialização se tornam mais evidentes.
Entretanto, como essa é uma forma mais leve do autismo, não é incomum que muitas pessoas cheguem à fase adulta sem o diagnóstico da condição.
Entre os principais sintomas dessa síndrome, se encontram:
- Problemas de interação social;
- Problemas com a comunicação (sem comprometimento da linguagem);
- Rituais ou comportamentos repetitivos;
- Interesses e/ou preocupações com temas muito específicos;
- Dificuldades nos relacionamentos por não entenderem bem suas próprias emoções e nem as emoções dos outros;
- Movimentos desajeitados e descoordenados;
- Fala e linguagem com peculiaridades;
- Dificuldade para identificar e interpretar ironias, gírias e metáforas;
- Dificuldade para compreender mensagens transmitidas pela linguagem corporal;
- Necessidade de corrigir os erros dos outros (ou aquilo que acreditam estar errado);
- Pessoas com a Síndrome de Asperger não se importam com a opinião alheia;
- São consideradas rudes e frias em seus comportamentos;
- Desenvolvimento de habilidades e talentos muito específicos;
- Hipersensibilidade sensorial.
Como é realizado o diagnóstico da Síndrome de Asperger?
O diagnóstico da Síndrome de Asperger é realizado por uma equipe multidisciplinar, que inclui pediatra, psicólogo, psiquiatra, neurologista e fonoaudiólogo.
É levado em consideração os padrões de comportamento do indivíduo e os prejuízos que esses causam nas áreas de interação e comunicação social.
Além disso, os profissionais levarão em consideração a presença da combinação de vários sintomas listados anteriormente.
No entanto, como esses sintomas variam muito de pessoa para pessoa, o diagnóstico pode ser difícil ou, até mesmo, bastante tardio.
Por outro lado, o diagnóstico assertivo e precoce é muito importante porque permite que o indivíduo tenha acesso a serviços e suporte que lhes são garantidos em razão da sua condição, além de permitir que as pessoas do seu convívio tenham empatia e possam ajudá-lo.
Quais são os tratamentos para a Síndrome de Asperger?
Antes de mais nada, é importante dizer que a Síndrome de Asperger não tem cura, simplesmente porque não é uma doença.
No entanto, existem tratamentos para permitir que o indivíduo se adapte ao convívio social por meio do controle de seus sintomas. Logo, é muito importante segui-los para obter qualidade de vida e bem-estar.
Desse modo, assim como no diagnóstico, o tratamento também deve ser multidisciplinar para que seja possível dar conta de alguns dos sintomas da condição, como a baixa capacidade de comunicação e interação e as rotinas repetitivas.
Listamos alguns dos tratamentos que são ser sugeridos pelos profissionais ao paciente com Síndrome de Asperger:
Psicoterapia
As sessões de terapia são benéficas para todos os indivíduos, independente de suas condições emocionais e psicológicas. E no caso da Síndrome de Asperger, ela se torna ainda mais importante, sobretudo na abordagem Cognitivo-Comportamental.
Nesse sentido, ela auxiliará o indivíduo a modificar seus padrões de pensamento e comportamento e a controlar melhor as emoções, assim como as obsessões.
Por isso, a pessoa com a síndrome consegue se entender melhor e interagir com o mundo à sua volta. Tudo isso contribui para a melhora da autoestima e do bem-estar obviamente.
Terapia de linguagem
A terapia de linguagem tem como finalidade ajudar a criança com Asperger a melhorar sua comunicação com as pessoas à sua volta.
A partir desse tratamento, é possível melhorar a interação social e as relações interpessoais do indivíduo.
Terapia de interação sensorial
Outro tratamento aliado é a terapia de interação social. Ela é destinada especificamente para as crianças mais novas e realizada por terapeutas ocupacionais.
Então, sua finalidade é ajudar os pequenos no processo de aprendizagem e na exploração dos sentidos.
Por ser um tratamento precoce, ele contribui bastante para amenizar a síndrome e impedir que muitos dos seus sintomas venham a surgir.
Treinamento de habilidades sociais
Outra possível estratégia de tratamento é o treinamento de habilidades sociais. Por isso, se sua finalidade é ensinar as crianças a interagirem com outras pessoas e a se abrirem emocionalmente para essas relações.
Então, convém mencionar que os terapeutas podem desenvolver esse treinamento em grupo ou de forma individual.
Prescrição de medicamentos
Esse é um tratamento ainda mais relativo do que os anteriores, que varia de pessoa para pessoa. Isso porque não existe um fármaco específico para tratar a Síndrome de Asperger.
Entretanto, o psiquiatra pode indicar medicamentos para controlar alguns dos sintomas dessa condição, como hiperatividade, ansiedade, impulsividade e irritabilidade.
Atividades esportivas
Vale destacar também que a prática de atividades esportivas indicada pelos profissionais por permitir a socialização e, principalmente, por contribuir para a questão motora.
Então, esperamos que este conteúdo possa ter elucidado muitas de suas dúvidas sobre a Síndrome de Asperger e contribuído para quebrar preconceitos e tabus existentes.
Lembre-se sempre que o mais importante é acolher o indivíduo com essa condição e prestar todo o suporte necessário!
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Autor: psicologa Psicóloga Amanda Mendes - CRP 06/155761Formação: A psicóloga Amanda é formada há cinco anos pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas e atua em seus atendimentos com base na Psicanálise. A partir da análise e da observação consegue identificar vestígios de traumas, desejos ou ideias que tenham sido reprimidas...