Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Amanda Mendes - Psicólogo CRP 06/155761
A obsessão, um fenômeno complexo e multifacetado, é objeto de interesse em diversas áreas, desde a psicologia até a literatura, o cinema e a filosofia.
Apesar desse termo fazer parte do nosso vocabulário, poucas pessoas param para compreender as consequências de quadros obsessivos para um indivíduo e aos que estão ao seu redor.
Afinal, ela por vezes, pode desencadear comportamentos compulsivos, formando um ciclo que pode ser desafiador de quebrar.
Se você quer compreender melhor o funcionamento, os diferentes aspectos da obsessão, seus potenciais impactos na saúde mental e na qualidade de vida, assim como as abordagens terapêuticas que visam entender e tratar essa condição, continue lendo este texto.
O que é obsessão?
A obsessão é um estado mental caracterizado pela presença persistente e involuntária de pensamentos, imagens ou impulsos intrusivos que causam ansiedade significativa. Estes são indesejados e geralmente causam desconforto ao indivíduo. A pessoa pode tentar ignorar ou suprimir esses pensamentos, mas eles continuam a retornar de forma persistente.
As obsessões podem abranger uma variedade de temas, como preocupações com a segurança pessoal, medos irracionais, pensamentos agressivos ou sexuais indesejados, entre outros. Por isso, esses pensamentos não refletem necessariamente os desejos ou valores da pessoa, e muitas vezes ela reconhece que essas obsessões são irracionais.
Elas também podem se manifestar por meio de hiperfoco em determinados elementos e até mesmo pessoas. Além disso, também é bastante comum em crianças.
Como funciona a obsessão?
A obsessão funciona como um ciclo de pensamentos intrusivos, geralmente associados a algum tema específico. Então, o processo típico envolve os seguintes elementos:
- Obsessões involuntárias
Uma pessoa experimenta pensamentos, imagens ou impulsos indesejados que surgem involuntariamente em sua mente. Essas obsessões são frequentemente irracionais, perturbadoras e causam ansiedade.
- Reconhecimento da irracionalidade
O indivíduo geralmente reconhece que esses pensamentos são irracionais e não refletem seus verdadeiros desejos ou valores. No entanto, a simples consciência da irracionalidade não impede a persistência das obsessões e não conseguem parar.
- Ansiedade e desconforto
As obsessões causam ansiedade e desconforto significativos. Por isso, a pessoa pode se sentir angustiada, preocupada, envergonhada ou culpada devido aos pensamentos intrusivos.
- Compulsões ou comportamentos de alívio
Para lidar com a ansiedade gerada pelas obsessões, a pessoa pode realizar compulsões ou comportamentos repetitivos, em uma tentativa de evitar uma situação temida — ou seja, uma procrastinação causada pelo medo ou angústia.
Isso pode envolver comer em grandes quantidades o mesmo alimento, passar o dia consumindo algum tipo de conteúdo específico, cuidar excessivamente da vida de alguém, entre outras ações.
- Alívio temporário
As compulsões podem proporcionar um alívio temporário da ansiedade, o que reforça o ciclo. No entanto, esse alívio é passageiro, e as obsessões geralmente retornam, iniciando o ciclo novamente.
- Efeito de reforço negativo
O ciclo de obsessão e compulsão cria um padrão de reforço negativo. A pessoa aprende que realizar compulsões temporariamente alivia a ansiedade, mas isso não resolve a causa subjacente das obsessões.
Quando a obsessão é prejudicial?
A obsessão pode ser prejudicial quando se torna excessiva, descontrolada e interfere negativamente na vida diária de uma pessoa. Por isso, aqui estão alguns pontos de atenção relacionados ao comportamento obsessivo:
- Saúde Mental
A obsessão pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos obsessivo-compulsivos (TOC). Então, o foco constante em um determinado pensamento, preocupação ou comportamento pode levar a um estado mental negativo.
- Relacionamentos
A obsessão pode prejudicar relacionamentos pessoais, tanto familiares quanto românticos. Por isso, a pessoa pode se tornar tão absorvida por seus pensamentos ou interesses que negligencia os relacionamentos significativos em sua vida.
- Desempenho no trabalho ou estudos
Se a obsessão consome grande parte do tempo e energia de uma pessoa, isso pode afetar seu desempenho no trabalho ou nos estudos. Então, a falta de foco em outras áreas da vida pode levar a consequências negativas e falta de avanço no seu dia a dia.
- Saúde física
A obsessão pode ter impactos na saúde física, especialmente se estiver relacionada a comportamentos prejudiciais, como dietas extremas, exercícios excessivos ou outros hábitos pouco saudáveis.
- Qualidade de vida geral
Quando a obsessão domina a vida de uma pessoa, a qualidade de vida pode diminuir. Então, a pessoa pode se sentir constantemente estressada, incapaz de relaxar ou desfrutar de atividades prazerosas devido à sua concentração constante em um único tema.
- Autoimagem
A obsessão pode afetar a autoimagem e a autoestima, especialmente se estiver relacionada a padrões de perfeição ou autocrítica constante.
- Concentração extrema
A pessoa pode dedicar uma quantidade significativa de tempo e energia mental à obsessão, dificultando a capacidade de se concentrar em outras tarefas ou áreas da vida.
- Comportamentos de risco
Em alguns casos, obsessões podem levar a comportamentos de risco. Por exemplo, quando ela está relacionada à segurança pode resultar em comportamentos excessivamente cautelosos, enquanto uma obsessão sobre o corpo pode levar a práticas alimentares prejudiciais.
- Autoisolamento
A pessoa obsessiva pode se isolar socialmente devido ao medo de ser julgada ou de não conseguir lidar com situações sociais. Por isso, pode contribuir para a solidão e a sensação de alienação.
Comportamento abusivo
Há determinadas situações nas quais uma pessoa obsessiva pode manifestar comportamentos que se tornam abusivos em relacionamentos interpessoais, como é o caso de descontar emoções negativas no parceiro.
Algumas obsessões podem levar a comportamentos compulsivos que colocam demandas excessivas sobre os outros. Então, isso pode incluir expectativas irrealistas, verificações constantes ou exigências emocionais que podem ser percebidas como abusivas.
Como tratar a obsessão
A consciência desses impactos negativos é um passo importante para buscar ajuda e tratamento, não apenas para o indivíduo obsessivo, mas também para o bem-estar geral das relações interpessoais. A busca de apoio profissional pode ajudar a entender e abordar esses desafios, promovendo uma comunicação aberta e saudável nas relações afetadas.
O tratamento muitas vezes é uma combinação de abordagens terapêuticas e, em alguns casos, intervenções farmacológicas. No entanto, a decisão de usar medicamentos deve ser feita em consulta com um profissional de saúde, e os benefícios e efeitos colaterais devem ser cuidadosamente considerados.
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) é frequentemente considerada a abordagem terapêutica mais eficaz para o tratamento da obsessão. Então, durante a TCC, o indivíduo trabalha com um terapeuta para identificar, questionar e modificar padrões de pensamento disfuncionais associados às obsessões.
A terapia também pode incluir exposição gradual a situações que desencadeiam a ansiedade, ajudando a pessoa a aprender a tolerar o desconforto sem recorrer a compulsões.
Além disso, o suporte de amigos, familiares e grupos de apoio pode ser valioso no processo de tratamento, uma vez que a compreensão e o apoio dos entes queridos podem ser fundamentais para o progresso.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando comportamentos obsessivos que estão se tornando abusivos, é crucial buscar ajuda profissional. Por isso, a intervenção precoce e o tratamento adequado são essenciais para promover relações saudáveis e prevenir a escalada de comportamentos abusivos.
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Autor: psicologa Psicóloga Amanda Mendes - CRP 06/155761Formação: A psicóloga Amanda é formada há cinco anos pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas e atua em seus atendimentos com base na Psicanálise. A partir da análise e da observação consegue identificar vestígios de traumas, desejos ou ideias que tenham sido reprimidas...
Obrigada pelas informações, me ajudou muito.❤️
Olá, Valéria. Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo!