Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Você já ouviu falar sobre a não-monogamia?
Esse é um termo amplo que abrange diferentes formas de relacionamentos consensuais que não são estritamente monogâmicos, onde as pessoas têm liberdade para se relacionar romanticamente e/ou sexualmente com múltiplos parceiros.
Por ser uma certa ruptura ao modelo tradicional de criar vínculos afetivos, acaba gerando certo estranhamento para os que não sabem o seu significado e que esse pensamento pode beneficiar, inclusive, aqueles que preferem manter apenas um parceiro por vez.
O que é não-monogamia?
A não-monogamia é baseada no princípio do consentimento informado e da comunicação aberta entre todos os envolvidos.
Isso significa que todos os parceiros devem estar cientes e concordar com o tipo de relacionamento não-monogâmico em questão, e que não deve haver qualquer tipo de coerção ou pressão.
Ou seja, apesar da comunicação ser essencial em qualquer relacionamento, ela se torna crucial nessa caso.
Isso porque ter diálogos abertos e honestos sobre os desejos, necessidades, limites e expectativas de todos os envolvidos ajuda a construir confiança e reciprocidade, a evitar mal-entendidos e a lidar com questões emocionais que possam surgir.
A importância da comunicação
Partindo do pressuposto de que existe uma comunicação livre, é importante respeitar os sentimentos, os limites e as escolhas de todas as pessoas envolvidas.
Cada indivíduo dentro da não-monogamia tem autonomia sobre suas decisões e deve ser tratado com respeito e consideração.
Além disso, é essencial entender que a pessoa deve assumir a responsabilidade por suas ações e emoções.
Isso significa estar ciente do impacto de suas escolhas nos outros parceiros e parceiras, e ser capaz de lidar com os sentimentos que surgem ao longo do caminho.
Assumir a responsabilidade é fundamental para construir relacionamentos saudáveis e respeitosos.
A não-monogamia, então, permite que as pessoas vivenciem e expressem suas necessidades e desejos de forma autêntica.
Ela oferece a liberdade de buscar conexões românticas e/ou sexuais adicionais, o que pode proporcionar uma sensação de plenitude e satisfação pessoal.
A não-monogamia e o fim das hierarquias de relações
Um dos princípios que algumas pessoas adotam na não-monogamia é a não hierarquização de relacionamentos.
Isso significa que nenhum vínculo é considerado superior ou mais importante do que os outros — inclusive os de amizades.
Ao adotar essa abordagem, as pessoas buscam tratar todos os parceiros com igual consideração, respeito e cuidado, além de maturidade.
A não hierarquização de relacionamentos desafia a noção tradicional de que um laço principal ou primário deve ter prioridade sobre outros.
Em vez disso, cada um é valorizado por si só e pode ser único em termos de conexão emocional, comprometimento e intensidade.
Nessa abordagem, não existe uma “escada” onde um está acima do outro.
A não hierarquização de relacionamentos também se reflete nas decisões e nas maneiras de organizar a vida e os compromissos.
Por exemplo, em vez de tomar decisões com base em uma hierarquia pré-estabelecida, como privilegiar o tempo com um parceiro primário em detrimento dos outros, as pessoas que adotam a não hierarquização geralmente buscam soluções que sejam justas e equitativas para todos os envolvidos.
Relações igualitárias
Isso é interessante para entender que relações amorosas e sexuais não são mais ou menos valiosas na vida de uma pessoa que amizades.
O lugar que um amigo tem na vida de um indivíduo é igualmente importante que o de um namorado, mesmo que eles representem papéis diferentes no dia a dia.
A ideia de não-hierarquização surge, inclusive, para romper que a ideia de que formar casais e família deve ser o objetivo principal da vida de alguém.
Construir laços fortes de amizade, dedicar tempo de qualidade a essas pessoas, fazer planos de futuro, entre outras coisas, com quem não tem um viés romântico é algo válido e importante para o desenvolvimento de vínculos.
Não-monogamia é diferente de relacionamento aberto e poliamor
Apesar da não-monogamia dar liberdade de se relacionar, ter múltiplos parceiros e acabar com a hierarquia e priorização dos seus vínculos afetivos, isso não significa que pessoas adeptas a esse pensamento gostam, necessariamente, de possuir um relacionamento aberto.
A não-monogamia engloba qualquer estrutura de relacionamento em que as pessoas têm liberdade para se envolver romanticamente e/ou sexualmente com múltiplos parceiros casuais, desde que todos os envolvidos estejam de acordo e haja comunicação aberta.
Por outro lado, o relacionamento aberto é uma das formas específicas de não-monogamia.
Geralmente, esse termo é usado para descrever uma situação em que um casal comprometido consensualmente permite que seus membros tenham encontros românticos e/ou sexuais com outras pessoas fora do relacionamento principal.
Nesse caso, o foco pode continuar sendo o relacionamento principal, enquanto há liberdade para explorar conexões adicionais fora dele.
O poliamor também é um conceito diferente
Apesar de também ser um espectro não-monogâmico, as pessoas envolvidas consentem e buscam ativamente construir relacionamentos amorosos e comprometidos com várias pessoas, com a intenção de manter essas conexões a longo prazo.
O que aprender da não-monogamia?
Esse é um estilo de vida que não se aplica a todo mundo — e não há nenhum problema com isso.
Grande parte das pessoas ainda prefere manter relacionamentos de forma monogâmica, ou seja, com um parceiro só, e manter vínculos de amizade em outros campos.
Porém, vale a pena considerar alguns pontos interessantes que podem te ajudar a ter relações mais saudáveis ou abrir a mente para entender diferentes estruturas.
Entender as normas sociais
A não-monogamia oferece a oportunidade de questionar e repensar as estruturas estabelecidas, abrindo caminho para abordagens mais flexíveis e adaptáveis às necessidades individuais e relacionamentos não convencionais.
Autoconhecimento
Mesmo em relacionamentos monogâmicos, é importante que cada indivíduo tenha espaço para se conhecer melhor e se conectar com sua própria identidade e desejos.
Isso pode ajudar a fortalecer a autoestima, liberdade para se livrar de situações codependentes, a comunicação e a conexão dentro do relacionamento.
Comunicação e honestidade
Uma comunicação aberta e sincera pode melhorar a compreensão mútua, promover a resolução de conflitos e fortalecer a conexão emocional.
Inclusive, isso te ajuda a descobrir se você está vivendo um romance incompatível.
Explorar suas vontades
Depois de entender que existem outras abordagens de relacionamentos, se conhecer e aprender a se comunicar, é possível que você acabe encontrando novas vontades — mesmo dentro do espectro monogâmico —, e tenha liberdade para explorar isso com o seu parceiro.
Regulação emocional
Um dos grandes problemas que surgem em vínculos amorosos é o de ciúmes e possessão, principalmente o excessivo.
Mas, você já parou para pensar que ele pode ser apenas fruto de frustrações, baixa autoestima e falta de comunicação?
A não-monogamia pode te ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade causada por conflitos comunicativos.
Lembrando que a psicologia pode ajudar a compreender as origens dessas emoções e a desenvolver estratégias saudáveis para lidar com elas.
Isso pode envolver a construção de confiança, a promoção da segurança emocional e o desenvolvimento de mecanismos de enfrentamento eficazes.
Felicidade na vida solteira
Fazer um desprendimento do conceito de que o objetivo da vida de alguém é namorar, casar e formar família, tratando o campo romântico como o topo da hierarquia de relações é muito importante para que você não se frustre por estar solteiro e sem conseguir um parceiro.
Aprender a valorizar os outros laços que você tem, como os familiares e de amizade, é importante para sentir que não está sozinho, mas apenas sem um envolvimento amoroso.
Continue no blog para ler mais sobre relacionamentos.
Psicólogos para Relacionamentos
Conheça os psicólogos que atendem casos de Relacionamentos no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
-
Isabela Fernandes
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Isabela Fernandes é especialista em Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) pela faculdade Unyleya. Com uma abordagem focada no presente e nas soluções, ela auxilia seus pacientes a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que causam desconforto e...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comRelacionamentosConflitos FamiliaresFamíliaCasamentoAutoconhecimentopróximo horário:
Consulte os horários -
Danielle Veran
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA Psicóloga Danielle é graduada há 23 anos pela PUC SP, e, desde então, buscou outros cursos como maneira de agregar conhecimentos e técnicas na Clínica. Possui pós-graduação em Neurociência pela PUC RS, curso de "Cinesiologia" (psico-físico) pelo Sedes Spientiae, e "Terapia de Casais" pelo IPQ...
Valor R$ 230(R$ 120 a 1ª consulta)
Posso ajudar comRelacionamentosConflitos FamiliaresCasamentoAutoconhecimentoEstressepróximo horário:
Consulte os horários
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- A importância do diálogo nos relacionamentosVocê já ouviu falar sobre a não-monogamia? Esse é um termo amplo que abrange diferentes formas de relacionamentos consensuais que não são estritamente monogâmicos, onde as pessoas têm liberdade para [...]
- Apego demais destrói relacionamentosVocê já ouviu falar sobre a não-monogamia? Esse é um termo amplo que abrange diferentes formas de relacionamentos consensuais que não são estritamente monogâmicos, onde as pessoas têm liberdade para [...]
- Como superar relacionamentos passadosSuperar relacionamentos e acontecimentos passados pode ser um processo desafiador. Psicóloga explica a importância para o crescimento pessoal.
Outros artigos com Tags semelhantes:
- 5 sinais de uma pessoa ciumenta e possessivaSe você se considera uma pessoa ciumenta e possessiva leia este artigo. Há quem diga que o ciúme é natural, faz parte da natureza do ser humano. Há outros [...]
- Psicóloga dá 10 dicas para controlar o ciúme em uma relaçãoControlar o ciúme em uma relação é essencial para que ela seja saudável e dure por muito tempo. Afinal, quando exagerado, esse sentimento pode afastar os parceiros e, ainda, [...]
- Relacionamentos codependentes: o que são e quais as causas?Pode ser difícil identificar que você está em um relacionamento codependente. A dinâmica de codependência pode, às vezes, parecer benéfica e despertar sentimentos positivos, como conforto e aceitação. É [...]
Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...