Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Não é novidade para ninguém que qualquer vício pode trazer prejuízos incalculáveis para a saúde física e mental de um indivíduo, não é mesmo?
Nesse cenário, convém mencionar que um dos vícios mais discutidos é a dependência química. Afinal, segundo Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família), quase 30 milhões de pessoas têm algum familiar que é dependente.
Se você também conhece alguém que sofra com a dependência química e com transtornos provocados por ela, este artigo é para você! Isso porque vamos dar importantes dicas sobre como ajudar uma pessoa a sair dessa condição. Portanto, continue lendo!
1. Demonstre empatia
O primeiro passo para ajudar um dependente químico a sair do vício é obter uma abertura com ele, certo? Nesse sentido, é imprescindível ser empático.
A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro e isso faz toda a diferença para que uma pessoa com dependência se sinta confortável em compartilhar suas angústias e aceitar receber ajuda.
Portanto, deixe os julgamentos de lado e procure compreender o que levou a pessoa a essa situação, por mais difícil e complexo que isso possa parecer. Além disso, trate-a como você gostaria de ser tratado.
2. Crie um ambiente acolhedor para iniciar a conversa
Quando perceber que a pessoa dependente te deu uma certa abertura em razão da empatia que você demonstrou, então é hora de iniciar uma conversa sincera e franca. Para isso, crie um ambiente acolhedor para que o indivíduo se sinta seguro.
Você pode, por exemplo, escolher um local público, como um café, ou então optar por ter essa conversa em sua casa. O mais importante é que a pessoa se sinta confortável.
Durante essa troca, é muito importante que você não seja conivente com o caminho trilhado pelo dependente. Ele não precisa de alguém que seja seu cúmplice, mas sim de uma pessoa que esteja realmente disposto a ajudá-lo.
Portanto, conscientize-o sobre os impactos e perigos da dependência e demonstre que você está disposto a ajudá-lo.
3. Tenha cuidado com as palavras
Se você é muito próximo do dependente químico, então pode estar emocionalmente abalado com a situação. E não se julgue por isso, é normal. No entanto, é muito importante que você procure manter o controle emocional se realmente quiser ajudá-lo.
Isso porque, se você não tiver inteligência emocional durante o contato com o indivíduo, possivelmente deixará o nervosismo falar mais alto, o que pode prejudicar a relação e a confiança que ele tem em você.
Com isso, será mais difícil conseguir oferecer ajuda para que ele saia do vício.
Portanto, trabalhe o seu autocontrole e autoconhecimento para conseguir se preservar e ser efetivo na ajuda. Criar limites sobre até onde você consegue ir também é importante para manter a sua saúde mental e evitar picos de estresse.
4. Procure ajuda profissional
Para iniciar o tratamento da dependência química para a pessoa sair do vício é de suma importância que seja buscada uma ajuda profissional multidisciplinar.
Isso significa que é necessário buscar alguns profissionais da saúde, como psiquiatra, psicólogo e um clínico geral, por exemplo.
Sim, o dependente deve ser acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar para receber o apoio físico e emocional necessário e, consequentemente, a definição do tratamento mais adequado para ele.
Aqui, é muito importante que o indivíduo não seja forçado a iniciar o tratamento, daí a importância de ele ter confiança em você.
Vale dizer que, além de ajudar na busca pelos profissionais, é importante que você se ofereça para ir às consultas e estar presente em todas as fases do processo. Essa é uma forma de o paciente sentir que não está sozinho, o que reduz as chances de recaídas.
Entretanto, se as recaídas acontecerem, não hesite em dar o apoio necessário para que ele recomece o tratamento.
5. Procure grupos de apoio
Além da psicoterapia convencional, os grupos de apoio também são excelentes ferramentas para oferecer suporte emocional e motivação para a pessoa sair do vício.
No caso dos dependentes químicos, existem os Alcoólicos Anônimos (AA) e os Narcóticos Anônimos (NA), por exemplo.
Ao participar deles, a pessoa com dependência conseguirá se sentir pertencente a um grupo, trocar experiências e ouvir relatos de superação. Tudo isso contribuirá para que ela se sinta encorajada a sair do vício.
6. Ajude na identificação de gatilhos
Durante o tratamento da dependência química, a recaída pode se fazer presente. Isso acontece, principalmente, por causa dos gatilhos emocionais que, quando acionados, desencadeiam crises no indivíduo, fazendo-o regressar no processo.
Portanto, você, enquanto familiar ou amigo, deve ajudar na identificação de gatilhos, bem como auxiliar a evitar que esses surjam. Essa é uma forma de preservar o ente querido e resguardá-lo de eventuais recaídas no tratamento.
Mas, atenção: é muito importante que a pessoa também tenha conhecimento sobre esses gatilhos, pois nem sempre você estará próximo para ajudá-la. Portanto, se você identificar algum gatilho antes dela, exponha-o em uma conversa franca.
7. Use palavras positivas
A positividade tem o poder de trazer mais força e energia em meio aos conflitos. Por isso, utilize palavras positivas com a pessoa dependente. Mostre para ela que você acredita na sua recuperação. Assim, ela se sentirá mais confiante para seguir na jornada.
Do contrário, isto é, se você for uma pessoa negativa, que coloca em dúvida a todo momento a recuperação do indivíduo ou que usa palavras negativas, há uma grande chance de ele se desanimar e desistir até mesmo de começar o tratamento.
Nesse sentido, crie um cenário favorável para a adesão e continuidade do tratamento por meio da escolha das palavras certas!
8. Procure ajuda emocional para você também
Ter um familiar ou amigo com dependência química pode trazer alguns prejuízos para a sua saúde mental. Afinal, além de ver o ente querido em um estado físico e emocional debilitados, o processo de oferecer ajuda é doloroso e estressante.
Ademais, muitas vezes você será o pilar dessa pessoa, o que exigirá bastante de você.
Nesse sentido, é muito importante que você também procure se fortalecer emocionalmente e psicologicamente. Para isso, busque uma ajuda psicológica!
Sim, a terapia será muito útil para trabalhar o autoconhecimento e desenvolver a sua inteligência emocional, dois pilares que você precisará para lidar com essa e outras situações adversas.
Portanto, procure a ajuda de um psicólogo para cuidar da sua saúde mental e se fortalecer emocionalmente para, assim, ter condições de oferecer ajuda a uma pessoa para sair do vício.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...