Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Todo mundo acorda com o pé esquerdo de vez em quando, não é? Nesses dias, o mau humor impera e é impossível forjar um sorriso por muito tempo. As patadas se multiplicam e as pessoas próximas compreendem que é melhor manter distância.
Este desagradável estado de humor geralmente é passageiro. No dia seguinte, retornamos para um humor neutro ou acordamos bem-humorados. Quando isso não acontece, contudo, uma condição psicológica pode ser a responsável pela permanência do mau humor.
O que é Distimia?
A distimia é uma forma de depressão conhecida como “a doença do mau humor” ou Transtorno Depressivo Persistente.
Os sintomas depressivos são mais leves, porém constantes. A pessoa distímica está frequentemente mal-humorada, melancólica e pessimista sem razão aparente.
Esta condição pode persistir por cerca de dois anos ou, se não tratada adequadamente, perdurar pelo resto da vida.
O último cenário costuma ser o mais comum. O distímico não acreditar estar doente, mas, sim, ser uma pessoa mais mal-humorada que as outras.
Dessa forma, não busca respostas para o seu permanente estado de humor irritadiço com especialistas.
Do mesmo modo, pessoas com depressão grave geralmente descobrem que tiveram distimia somente durante o tratamento.
Quais os sintomas da Distimia?
Os sintomas distímicos oscilam entre irritabilidade, impaciência e pessimismo.
Embora o mau humor esteja fortemente associado a modos agressivos de falar e de agir, ele também pode se manifestar como desesperança.
Veja os sintomas mais comuns da distimia em seguida:
- Alterações no apetite;
- Dificuldade para dormir;
- Sonolência diurna;
- Fadiga exagerada;
- Baixa autoestima;
- Pensamentos negativos;
- Postura defensiva, como se o mundo conspirasse contra o você;
- Sentimento de culpa;
- Desatenção e dificuldade de concentração;
- Redução da produtividade;
- Sentimento de desespero; e
- Tristeza constante.
O que caracteriza a distimia é a recorrência desses sintomas. Ocasionalmente, todos nós ficamos tristes, impacientes, angustiados e irritados.
Já a pessoa distímica experimenta esses sentimentos em alternância durante meses ou anos.
O que causa a distimia?
Não se sabe ao certo a causa dessa condição psicológica. Ela pode estar associada a fatores bioquímicos (desequilíbrio de hormônios e neurotransmissores no cérebro), ambientais e genéticos.
Se alguém convive com pessoas difíceis em casa ou em outros ambientes, ou passa por situações pouco agradáveis com frequência, a probabilidade de desenvolver distimia ou outro problema psicológico é maior.
Acúmulo de estresse, crise financeira, morte na família, falta de autoconfiança, decepção amorosa e traumas do passado são gatilhos típicos para a distimia.
Distimia em crianças
A distimia também pode acometer crianças. Normalmente, ela aparece junto de outros distúrbios que afetam o desenvolvimento cognitivo dos pequenos, tais como:
- Ansiedade;
- Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Transtornos de Conduta; e
- Transtornos de Aprendizagem.
Distimia x Depressão
A pessoa com depressão sente necessidade de se afastar do convívio social.
Ela não comparece ao trabalho, para de encontrar amigos e se recusa a falar com familiares.
Além disso, as suas conversas passam a ser recheadas de sentimentos autodepreciativos.
Já a pessoa distímica continua produzindo, estudando e se socializando.
Apesar de atender às suas obrigações com desânimo, a sua postura em relação à vida é quase normal para quem vê de fora.
Sendo assim, é mais fácil identificar sintomas depressivos que distímicos.
Na verdade, o comportamento do indivíduo com distimia pode ser confundido com uma postura inconveniente, sistemática, fechada e, sobretudo, mal-humorada.
As pessoas tendem a se afastar dele porque não entendem que ele sofre com os sintomas de uma condição psicológica crônica.
Em virtude dessa confusão, o próprio distímico acredita ser naturalmente mal-humorado.
Ele não tenta compreender a sua conduta com profundidade na psicoterapia, então, corre um risco maior de desenvolver um quadro grave de depressão.
Quem recebe comentários frequentes sobre o seu mau humor, irritabilidade ou pessimismo, deve ficar em alerta.
A permanência prolongada de emoções negativas não é comum em nenhuma situação. O ideal para cada um é viver uma vida leve, significativa e alegre.
Uma pessoa emocionalmente sadia oscila entre estados de humor bons e ruins conforme as suas vivências. Todavia, ela não se entrega para emoções que afetam a sua qualidade de vida.
Como tratar este transtorno de humor?
A distimia é diagnosticada por um psicólogo e tratada com a psicoterapia.
O psicólogo avalia os sintomas, as experiências de vida e o histórico de saúde do paciente nas primeiras consultas para determinar um diagnóstico.
Assim que este é feito, o profissional inicia o acompanhamento psicológico com o objetivo de ajudar o paciente a compreender que pode ter reações, condutas e pensamentos mais saudáveis.
Dessa forma, ele aprende a controlar reações estouradas, desenvolver técnicas para lidar com o estresse, administrar sentimentos e modificar padrões comportamentais nocivos à saúde mental e física.
Entretanto, o tratamento vai depender do quadro de cada paciente. Caso seja necessário, por exemplo, o distímico pode buscar a psiquiatria para controlar sintomas mais acentuados.
As estratégias do psicólogo também se modificam de acordo com as necessidades do distímico e a gravidade da condição.
O profissional pode recomendar a adoção de hábitos saudáveis para estimular o bom humor no dia a dia, como fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada.
Como lidar com a distimia no cotidiano?
Além da psicoterapia, a pessoa com distimia pode modificar costumes e condutas no dia a dia para ter uma vivência mais agradável.
As nossas dicas são válidas também para quem não sofre com o mau humor crônico, mas anseia por mais qualidade de vida.
Certas atitudes, pensamentos e decisões corroboram para o bom humor e a alegria, desviando do caminho mais estressante.
É fundamental compreender que a responsabilidade de manter um estado de humor agradável e ter boas experiências de vida é nossa, mesmo perante acontecimentos desagradáveis.
Quem possui o poder de combater o mau humor e outros sentimentos angustiantes é você.
Para quem tem distimia, compreender essa realidade é indispensável para suavizar os sintomas desta condição.
Em seguida, veja algumas coisas que você pode fazer para diminuir o mau humor em sua vida:
1. Desenvolver a inteligência emocional
Ao desenvolver a sua inteligência emocional, você preserva a sua saúde mental e consegue atribuir a medida correta de importância para cada ocasião ou pessoa. Todos nós podemos aprimorar essa competência com um pouco de prática.
Na psicoterapia, é mais fácil ter percepção de suas emoções e como elas influenciam comportamentos e pensamentos.
No cotidiano, você pode fazer isso ao respirar profundamente em um momento de estresse ou anotar as emoções sentidas no decorrer do dia para identificar pontos fracos.
2. Ver o lado positivo de cada situação
O mau humor é combatido com o bom humor, certo?
Sendo assim, não se apegue aos aspectos negativos dos acontecimentos ou aos defeitos das pessoas.
Em vez disso, procure ver o lado positivo de cada situação e identificar as qualidades de um indivíduo que lhe tira do sério. Você pode fazer isso ao:
- Analisar o que pode aprender com cada acontecimento;
- Agradecer pelas coisas boas da sua vida;
- Relembrar a si mesmo dos momentos bacanas vividos ao lado de uma pessoa difícil, ignorando a negatividade;
- Buscar distrações, como um filme, um passeio ou uma conversa agradável; e
- Substituir os pensamentos negativos por positivos.
3. Fazer atividades prazerosas
Quando estamos de mau humor, não temos motivação para fazer nada além de alimentar esse sentimento.
Há quem opte por escutar músicas tristes ou participar de discussões polêmicas nas redes sociais somente para fortalecer o mau humor.
Não raro as pessoas também engajam em atividades que sabem que afetarão o seu humor negativamente por não conseguirem reagir a impulsos.
O correto, no entanto, é focar toda a sua atenção em hobbies ou atividades que despertem o prazer de viver.
Pode ser um esporte, uma habilidade criativa (pintura, escrita, música) ou uma série divertida.
4. Se autoconhecer
O autoconhecimento é favorável para identificar os gatilhos tanto do mau humor quanto do bom humor.
Ao se dedicar a reflexão introspectiva, você consegue pontuar exatamente quais situações e pessoas fazem o seu sangue borbulhar.
O próximo passo é, então, descobrir como lidar com os sentimentos desagradáveis causados por elas.
Além disso, você descobre como prevenir o encontro com esses sentimentos.
Existe algo que você pode fazer para manter o bom humor, como, por exemplo, não engajar em determinadas discussões ou relevar certos comportamentos?
Será que você está inconscientemente se colocando em uma posição desagradável e sofrendo as consequências disso?
Se afastar de determinadas ocasiões e indivíduos às vezes é o melhor a fazer para cuidar da saúde da mente, especialmente para distímicos.
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Consultas por vídeoA psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
Recentemente procurei médico para ver se tenho distimia. A dois anos venho sentindo esses sintomas. No final do ano passado pra cá a situação começou piorar.
Do sintomas citados acima o único que não bateu é dificuldade para dormir. No meu caso parece que o sono não passa.
Materia excelente
Obrigada por compartilhar o seu relato. Se entende que um psicólogo pode ajudá-lo, agende uma primeira consulta para tirar todas as suas dúvidas.