Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Infelizmente muitas pessoas estão se relacionando com um agressor psicológico e não percebem. Leia esse artigo e aprenda a identificá-lo.
Infelizmente, relacionamentos abusivos são extremamente comuns. Muitas mulheres estão presas a situações muito destrutivas e que podem causar danos que vão de traumas graves, depressão e outros transtornos e até mesmo a morte.
E os psicólogos alertam: essas vítimas podem estar convivendo com um agressor psicológico, que é mais difícil de identificar e causa tantos danos quanto a violência física.
Você está infeliz no casamento? Sente-se presa, está com autoestima baixa, isolada? Será que isso pode estar acontecendo por que o seu companheiro é um abusador psicológico? É muito importante identificar isso logo, pois o abuso psicológico pode se tornar violência física e ter consequências ainda mais graves.
Leia o artigo e entenda os mecanismos deste tipo de abuso e aprenda a identificar um agressor psicológico.
Consequências do abuso psicológico
Os efeitos da agressão psicológica podem ser tão graves, e até mesmo mais do que a da física. E uma das questões mais preocupantes é que as vítimas de um agressor psicológico tendem a se culpar e a minimizar seu abuso.
Isso pode ser devastador pois a pessoa que torna o seu sofrimento como algo pequeno não apenas não procurará ajuda, como tende a agravar cada vez mais o seu sofrimento. E os efeitos podem ser devastadores, tanto a curto quanto a longo prazo.
Os efeitos a curto prazo são percebidos pela vítima com certa surpresa. Isso por que raramente o agressor psicológico não inicia um relacionamento praticando abuso, por isso os sinais são quase imperceptíveis. Ele espera criar vínculos fortes e conhecer bem seu par antes de começar a ter qualquer tipo de violência.
Ao ter laços fortes, os abusadores começam a minar a autoestima de sua parceira com microagressões e outras pequenas atitudes. E um belo dia, começam os gritos, deboches, ameaças… E nesse sentido, é muito comum que as vítimas reajam com surpresa… E apresentem esses comportamentos:
- Surpresa e confusão;
- Dúvidas de si mesmo. É comum a vítima questionar se isso realmente aconteceu ou foi impressão;
- Ansiedade ou medo;
- Hipervigilância;
- Vergonha ou culpa;
- Agressão como resposta ao abuso;
- Excesso de passividade e/ou complacência;
- Choro frequente;
- Sentimentos de derrota, impotência e desamparo;
- A vítima sente-se estar constantemente “pisando em ovos”;
- Sentimentos de que está sendo manipulado, usado e controlado;
- Sentimentos de que a sua presença é indesejada.
Quando a vítima não consegue se desembaraçar de um agressor psicológico no início do relacionamento, o abuso evoluirá causando efeitos devastadores. A longo prazo a vítima pode estar completamente destroçada.
Normalmente a vítima está com a autoestima tão destruída que ela se sente presa ao agressor psicológico, o que torna mais difícil deixar esta situação. O abuso emocional leva a vítima a acreditar nas coisas terríveis que o abusador diz sobre ela.
Por isso a coisa mais importante que se pode fazer por uma pessoa que vive essa situação é ajudá-la a entender que ela é vítima.
Deve-se dar acolhimento e segurança para essa pessoa. Afirmações como “ela está com ele por que quer” etc., apenas contribuí para fortalecer o vínculo com o agressor psicológico, tornando-a ainda mais presa e vulnerável ao abuso.
Além do vínculo forte que prende a vítima ao abusador, os principais efeitos a longo prazo mais comuns são:
- Depressão;
- Isolamento;
- Baixa autoestima;
- Instabilidade emocional;
- Distúrbios do sono;
- Dor física sem causa aparente e surgimento de doenças psicossomáticas;
- Pensamentos suicidas e até mesmo tentativas;
- Dependência extrema do agressor;
- Fracasso e vários aspectos da vida como, por exemplo, na carreira;
- Incapacidade de confiar em outras pessoas;
- A vítima sente-se presa e sozinha, e não vê esperança no futuro;
- Abuso de substâncias como álcool e drogas.
Você já deve ter ouvido falar da Síndrome de Estocolmo, não é mesmo? Ela é muito conhecida por surgir em vítimas de sequestro, em que ela passa a idealizar, proteger e até mesmo amar que a sequestrou.
Mas você sabia que as vítimas de relacionamento abusivo também sofrem tal síndrome?
Na Síndrome de Estocolmo, a vítima está tão aterrorizada que ela passa a se identificar excessivamente tornando-se ligada emocionalmente como tentativa de parar o abuso.
A vítima irá até defender seu agressor psicológico e suas ações emocionalmente abusivas.
Portanto, ressaltamos, caso você esteja em um relacionamento assim, busque imediatamente ajuda.
E caso você tenha conhecidos e entes queridos passando por tal situação, não culpe a vítima. Crie acolhimento e lhe dê segurança. Só assim você irá conseguir ajuda-la verdadeiramente.
Como identificar um agressor psicológico?
Os abusadores normalmente são pessoas que têm compulsão por controle. E a violência física e psicológica são as maneiras que eles encontram para conseguir seus objetivos.
Normalmente são egocêntricos, impacientes, irracionais, insensíveis, implacáveis, e não têm empatia e são frequentemente ciumentos, desconfiados e até mesmo paranoicos.
Também é muito comum que o agressor psicológico afaste sua vítima de seus familiares e amigos a fim de ter controle absoluto sobre elas. Mudanças repentinas de humor são comuns.
Gritos, ameaças e deboches são muito comuns e fáceis de identificar, mas há sinais mais difíceis. Confira alguns dos mais comuns.
Discordar frequentemente: é muito comum que agressor psicológico argumente contra qualquer coisa que a vítima disser. Basicamente, ele irá contrariar tudo a fim de minar qualquer conversa construtiva.
Principalmente quando o assunto for o relacionamento e comportamentos dele. Com o tempo, a pessoa passa a não ter mais opinião e a dizer sim para tudo que lhe é dito.
Bloqueio e silenciamento: essa é outra tática usada para interromper a conversa. O agressor psicológico pode trocar de assunto, acusar a vítima e até mesmo distorcer o que é dito. Essa é uma maneira sutil de dizer um “cala a boca” para a pessoa.
Deboche, depreciação e desconto de frustrações: esse abuso verbal minimiza ou banaliza os sentimentos, pensamentos ou experiências da vítima. É uma maneira de dizer que seus sentimentos não importam ou estão errados.
Há várias maneiras de fazer isso, as mais comuns são ridicularizar a pessoa, ou dizer que ele já passou por coisas piores, algo como “eu sofri mais que você, então para de frescura”.
Interromper o tempo todo: há inclusive um termo em inglês para essa prática, chamado de manterrupting. Basicamente, o agressor psicológico interrompe a vítima o tempo inteiro, não permitindo que ela conclua suas frases e argumentos. Isso não apenas impede que haja uma conversa construtiva como tem por objetivo destruir a autoestima e autoconfiança da vítima.
Negação: Um agressor psicológico pode negar e até mesmo distorcer promessas e acordos.
E não apenas isso, eventos que realmente ocorreram podem ser completamente negados e distorcidos. “Não olhei para outra mulher, você é louca”, “Jamais disse isso, você está inventando”, “Eu grito com você por que você me perturba” e outras frases são comuns a vítima de abuso. Isso é um comportamento manipulador que faz com que a vítima gradualmente passe a duvidar de sua memória, percepções e experiências.
Esses são apenas alguns dos sinais de que o seu companheiro pode ser um agressor psicológico. Se você percebeu que ele apresenta pelo menos um dos sinais descritos nesse texto, fique muito atenta: você pode estar sendo vítima de um relacionamento abusivo.
É muito importante buscar ajuda de um psicólogo pois infelizmente, as pessoas podem não perceber a gravidade da situação e em alguns casos até mesmo piorá-la sem a terapia. Um relacionamento abuso é muito difícil de se desvencilhar e as vezes a própria vítima não percebe que está em um.
Procure ajuda de um psicólogo e grupos de apoio. Ser vítima desse tipo de violência não apenas destrói a pessoa completamente por dentro como pode te consequências graves que vão desde transtornos crônicos com até mesmo o óbito. A tendência é que a violência aumente a cada dia.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
Tudo isso é verdade eu sofro tudo isso tou até doente
Busque o auxílio de um psicólogo!
eu também, fui traida e constantemente pisada por ele. Tambem estou doente!
Converse com um psicólogo para trabalhar estas questões. Cuide da sua saúde emocional.
Eu também:( já não consigo mais confiar, sorrir, me achar bonita, arruma a casa, cuida de mim, a minha vida é como preto e talvez o branco. O quarto já virou um refúgio, oque me chama é quarto, cama, e escuridão eu estou completamente doente. Minha depressão está grave, passo pela psicóloga ela me disse isso. Está trabalhando comigo pra me conseguir, mais tem sido tão difícil eu ainda não achei forças
Que bom que você tem tido acompanhamento com uma psicóloga. Mantenha-se firme no processo terapêutico!
Meu Deus acabei de ler o resumo da minha vida aqui nesse artigo. Muito triste. Desesperador e um sentimento de impotência.
Um psicólogo pode te ajudar a cuidar da sua saúde mental para lidar com isso.
Exatamente minha vida! Comecei a ler e me vi em tudo… estou passando por tudo isso! Preciso de ajuda! mais não tenho condições dependo dele p tudo, e as terapias são muito caras
É possível encontrar atendimentos gratuitos através do SUS ou através de faculdades de Psicologia. Vale dar uma pesquisada a respeito!
Eu vivi 10 anos com um agressor – em um relacionamento abusivo. Sentia tudo isso de sintomas. Engraçado que ele morreu de Covid. E mesmo tendo o livramento desse relacionamento tóxico eu fiquei mais traumatizada ainda. Parece que nao conseguia viver sem aquele homem, era muita dependência emocional e vivia tentando justificar o que ele fazia dizendo que ele era bom só era problemático. Quando contei pra minha mae tudo que ele me fez durante esses 10 anos minha mãe até chorou. Pegou um ódio dele. Hoje eu vejo que sofri demais e nao consegui sair daquilo só ele morrendo mesmo. Ele acabou com minha auto-estima e hoje estou com Transtorno de Stress pós-traumático.
Olá, Priscila! Primeiramente, obrigada por compartilhar o seu relato. Compreendo que seja uma situação muito delicada. Sugiro fortemente que avalie a possibilidade de conversar com um psicólogo para trabalhar estas questões.