Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
É muito comum definirmos o bullying como uma prática exclusiva da infância e da adolescência. No entanto, ao contrário do que muita gente imagina, existe bullying na vida adulta também. Você sabia?
Vale dizer que, nessa fase, ele também está passível de gerar consequências graves, como a ansiedade, a depressão e o desenvolvimento de outros transtornos psicológicos.
Pensando nessa importante questão, preparamos este conteúdo. Continue acompanhando o artigo para saber tudo sobre o bullying na vida adulta e aprender a melhor forma de lidar com ele. Boa leitura!
O que é bullying?
O bullying consiste em um tipo de agressão – física, emocional, verbal ou psicológica, realizada de maneira constante contra uma pessoa. Na vida adulta, ele pode ocorrer entre colegas de trabalho, amigos e até mesmo familiares.
Convém mencionar que o objetivo do agressor com essa prática é intimidar, ridicularizar, diminuir e, de certa forma, dominar a outra pessoa. Portanto, essa prática não pode ser confundida apenas como uma “piada maldosa”.
Quais são os principais tipos de bullying na vida adulta?
Apesar de estar sujeito a ocorrer em qualquer ambiente e contexto, existem dois tipos de bullying que acometem com mais recorrência os indivíduos na vida adulta. Eles são o cyberbullying e o mobbing.
Cyberbullying
O cyberbullying consiste na prática do bullying em ambiente virtual, como nas redes sociais, por exemplo. As agressões podem ser as mais variadas possíveis, como xingamentos, montagens de imagens, entre outras.
Como na internet é possível se manifestar de forma anônima, o cyberbullying traz como principal desafio a dificuldade em responsabilizar e punir o agressor.
Mobbing
Já o mobbing consiste no bullying praticado em ambientes profissionais. Nesse caso, as perseguições, humilhações e proliferação de boatos se dão entre os colegas de trabalho.
Entretanto, aqui é muito importante saber diferenciar o mobbing do assédio moral.
Enquanto o bullying refere-se à violência – em geral psicológica – entre pessoas que ocupam o mesmo grau de poder, o assédio moral ocorre entre chefes e empregados, isto é, entre pessoas que não possuem o mesmo status dentro da empresa.
Portanto, se torna um problema ainda mais sério e grave.
Quais são as consequências do bullying na vida adulta?
Apesar de o adulto ter uma maturidade emocional maior do que as crianças, o bullying nessa fase também pode acarretar diversas consequências sérias. A seguir, listamos algumas delas para o seu conhecimento.
Baixa autoestima
A baixa autoestima é uma das principais consequências do bullying. Isso acontece porque a autoimagem da pessoa é deturpada com a ridicularização que essa sofre durante os ataques. Com isso, ela começa a ter uma percepção negativa sobre si.
Convém mencionar que, quando se esbarra na autoestima, diversas outras consequências podem surgir. Nesses casos, pode se tornar desafiador se relacionar com outras pessoas e se sentir seguro para almejar um emprego, por exemplo.
Ansiedade social
Também é comum que o adulto que sofre com o bullying desenvolva algumas fobias sociais, como a ansiedade social. Por medo de ser julgado pelos outros, a pessoa acaba evitando participar de eventos e festas, por exemplo.
Por outro lado, convém mencionar que, quando a pessoa se esforça para se interagir socialmente, ela pode ter graves crises de ansiedade, uma vez que os seus gatilhos são ativados e ela acredita que a qualquer momento poderá ser ridicularizada.
Depressão
Apesar de ser fruto de causas ambientais e genéticas, a depressão pode sim ser potencializada ou despertada pelo bullying.
Aqui, o indivíduo se sente desinteressado por tudo e perde a motivação para fazer coisas rotineiras, como trabalhar, principalmente se tiver sofrido o mobbing. Além disso, ele pode apresentar sentimentos de medo, insegurança e tristeza generalizados e bastante intensos.
Estresse
Outra consequência do bullying é o estresse. A vítima pode desenvolver estresse generalizado ou, ainda, a síndrome de Burnout, sobretudo no caso do bullying dentro do ambiente de trabalho.
Portanto, esse é mais um transtorno psicológico que pode ser desencadeado pela agressão psicológica e emocional a qual o indivíduo é submetido.
Uso de substâncias
Não é incomum que as vítimas do bullying, mesmo na fase adulta, iniciem o consumo excessivo e abusivo de substâncias como o álcool e as drogas.
Naturalmente, essa é uma condição que prejudicará não só o organismo, como também atuará no desenvolvimento ou no agravamento de transtornos psicológicos.
Como lidar com o bullying na vida adulta?
Não há como prevenir o bullying. Qualquer pessoa pode estar sujeita a passar por ele. Entretanto, é imprescindível saber como lidar com esse problema para evitar que as consequências que listamos anteriormente sejam desenvolvidas. Ou seja, é preciso preservar a sua saúde mental.
Desse modo, listamos algumas dicas valiosas para lidar com essa prática.
Identifique a situação de bullying
O primeiro passo é identificar que você está vivenciando uma situação de bullying e que isso não é uma “simples piada”. Será a partir disso que você conseguirá se resguardar e se blindar dos impactos dessa agressão.
Lembre-se que a prática do bullying na vida adulta envolve a disputa por poder, a competição ou, até mesmo, o sentimento de inveja. Portanto, esses podem ser fortes indícios para você perceber que está sendo uma vítima.
Não entre no sistema do agressor
Se você identificou que é uma vítima do bullying, então o próximo passo é se esforçar para não entrar no sistema do agressor, que consiste em obter êxito ao se sobrepor a outra pessoa. Ou seja, é uma relação de opressor e oprimido.
Para não entrar nesse sistema, é importante que você tenha muito claro quais são os seus valores e crenças para não deixar se influenciar pelas provocações. Isso significa que você deve ter inteligência emocional para não deixar se intimidar pelo agressor.
E caso o bullying ocorra no ambiente de trabalho, não hesite em levar a situação para o seu chefe a fim de fazer valer os seus próprios direitos.
Monitore as suas emoções
Também é essencial que você monitore as suas emoções, isto é, em como elas estão sendo afetadas pela prática do bullying. Está tudo bem ou você percebe que seus sentimentos e emoções têm sido afetadas?
Aqui, estamos falando do autoconhecimento. Afinal, se você se conhece, saberá quando algo não vai bem consigo. Portanto, faça esse monitoramento constante para evitar que as consequências do bullying te impactem negativamente.
Recorra à terapia
Caso você tenha percebido que após se tornar uma vítima do bullying essa prática tem influenciado na sua vida, levando ao surgimento de ansiedade, estresse, entre outras condições, então procure uma ajuda na psicoterapia.
Durante as sessões, o psicólogo te ajudará a reverter as emoções negativas e a evitar que os traumas dessa questão perpetuem pela sua vida, afetando as áreas pessoal, profissional e social da sua vida. Além disso, o profissional conseguirá te orientar para que você trabalhe a sua autoconfiança e, com isso, não se desestruture emocionalmente.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...