Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
As pessoas frequentemente dizem “vivam sem arrependimentos!”, mas é realmente possível seguir esse conselho à risca? Esse sentimento complexo possui a capacidade de estimular reflexões interessantes para as nossas vidas, nos ajudando a crescer como pessoas.
Entretanto, o arrependimento também está envolto em muitas emoções negativas que podem nos levar para o caminho contrário. Quando não conseguimos lidar com nossos arrependimentos, ficamos estagnados. Algumas pessoas até se punem por tempo indeterminado por terem tido atitudes que hoje consideram ruins.
Por que nos arrependemos?
O arrependimento surge após fazermos algo que não aprovamos (ainda que tenha parecido o certo no momento) ou deixamos de tomar uma atitude quando queríamos muito. Ele pode surgir logo após o ocorrido ou depois de percebermos as consequências de nossas ações, principalmente quando afetam outras pessoas de modo negativo.
Esse sentimento também pode incomodar quando percebemos que poderíamos ter nos beneficiado de uma atitude que não tomamos. Ou seja, acabamos contribuindo para a situação ruim em que nos encontramos, ou nos impedimos de alcançar a tão desejada felicidade.
O arrependimento está quase sempre acompanhado pela culpa. “Por que eu fiz isso?” ou “por que eu não fiz isso?” são reflexões comuns quando a consciência está pesada. Como a culpa também é um sentimento intenso, a tendência é ficar preso em uma espiral de arrependimento, culpa, raiva e tristeza até que a situação seja resolvida.
5 arrependimentos mais comuns
A autora australiana Bronnie Ware escreveu o livro “Os 5 principais arrependimentos que as pessoas têm antes de morrer” com base em suas experiências como cuidadora paliativa. Embora este post não seja especificamente sobre arrependimentos que as pessoas têm no leito de morte, as descobertas da autora podem incentivar reflexões.
Estudos mostram que a tomada de decisão produz mais arrependimento a curto e médio prazo. Por exemplo, você pode se arrepender de ter dito algo que não foi bem recebido pelo outro ou ter dito ‘sim’ para uma atividade da qual, na verdade, você não queria participar.
Os arrependimentos mais profundos são aqueles que nascem do que deixamos de fazer. São esses que costumam causar sentimentos negativos no fim da vida, além de sofrimento a longo prazo. Por exemplo, você pode passar anos se repreendendo por não ter feito uma escolha que queria muito quando jovem.
Segundo Bronnie Ware, os cinco arrependimentos mais comuns das pessoas são:
- Não ser autêntico: o principal arrependimento é não viver de acordo com a sua essência e verdade, deixando com que outras pessoas ou fatores ditem a sua vida.
- Trabalhar excessivamente: o excesso de trabalho, que rouba a atenção de outros fatores importantes, como família e bem-estar, é o segundo mais comum.
- Não expressar sentimentos: não viver os seus sentimentos, reprimindo vontades e optando pelo silêncio, é outra postura da qual as pessoas se arrependem.
- Não manter contato com pessoas queridas: a conexão com familiares, amigos e cônjuge é fonte de grande felicidade. Afinal, são poucas as coisas na vida que causam impacto duradouro como os nossos relacionamentos interpessoais.
- Não se permitir ser feliz: priorizar a felicidade alheia, punir-se sem necessidade e reprimir os seus desejos não traz nenhuma alegria, mesmo que, na hora, essas decisões pareçam ser as certas.
Outros arrependimentos comuns, mas de caráter mais corriqueiro, são:
- Perder oportunidades profissionais: não arriscar e deixar outra pessoa levar aquela oportunidade de ouro, ou não mudar de carreira ou de local de trabalho no momento desejado.
- Perder oportunidades de relacionamento: não arriscar no amor, deixando de iniciar relacionamentos com pessoas amadas ou optando por sabotá-los por medo.
- Tomar decisões precipitadas: não refletir antes de tomar uma decisão, principalmente quando impacta diversas áreas da sua vida, como mudança de cidade ou término de relacionamento.
Como lidar com os arrependimentos?
Os arrependimentos apresentam um dilema para nós, por isso, costuma ser tão complicado lidar com eles. Todos nós construímos uma imagem de nós mesmos, seja positiva ou negativa. O mais comum é acreditar que, apesar de todos os defeitos, somos boas pessoas.
Quando algo ou alguém ameaça destruir essa autoimagem construída ao longo de anos, entramos na defensiva. Começamos a questionar a nossa índole e competência, ou negamos a possibilidade de ter cometido algo que julgamos ser ruim, o que nos iguala com pessoas cujos comportamentos desaprovamos. Por que não fomos pessoas melhores, quando sabemos o que é certo ou errado?
As nossas crenças entram em conflito com o erro cometido, gerando dúvidas e medos que antes não tínhamos. Em meio a esse turbilhão de emoções e pensamentos de caráter negativo, fica difícil encontrar maneiras de gerenciar o arrependimento de modo saudável. De fato, você pode se afundar mais nesse sentimento em vez de encontrar uma saída.
Com o objetivo de te ajudar a lidar com os seus arrependimentos, separamos cinco dicas abaixo. Confira!
1. Reavalie os seus medos
Quais preocupações vêm à sua mente quando você decide não fazer algo? É o medo do julgamento, de decepcionar alguém, de passar vergonha ou de não ter os recursos necessários para garantir a sua sobrevivência?
Embora alguns de nossos medos sejam compreensíveis, grande parte deles não costuma ter pé na realidade. Isso porque são temores do que pode acontecer no futuro e, geralmente, não possuem como base o que está acontecendo no presente. Logo, a possibilidade de nossos piores medos se concretizarem é quase nula.
Esses medos pesam no momento de tomar uma decisão. Escolhemos reprimir uma vontade ou temos uma atitude contrária aos nossos valores pelo medo das possíveis consequências. Mas, será que eles fazem sentido? Reavalie os medos que você carrega dentro de si mesmo e se pergunte se eles, de fato, fazem sentido ou são alimentados pela ansiedade ou crenças limitantes.
2. Aceite a sua imperfeição
Aceite que você, assim como todo mundo, está suscetível a cometer erros. Às vezes, esses erros terão um grande impacto na vida de outras pessoas e o sofrimento delas te deixará triste ou envergonhado. Em vez de se lamentar eternamente por isso, procure tomar uma atitude para consertar a situação.
Essa é uma maneira positiva de lidar com o arrependimento, mas, para chegar nela, você precisa se aceitar e aceitar as suas atitudes. Tenha compaixão por si mesmo para conseguir abraçar os seus defeitos e equívocos. Caso contrário, você terá dificuldade de se desapegar do arrependimento.
3. Aprenda com as suas vivências
A decisão que você tomou ou não ficou no passado. Modificar essa realidade é impossível, não é mesmo? Sendo assim, opte por avaliar a situação como um todo, destacando o que você fez e o que poderia ter feito, mas não com o objetivo de se culpar. Faça isso com a intenção de aprender com essa vivência para, no futuro, não tomar a mesma decisão que te causou sofrimento.
Uma escolha errada, independentemente da situação, foi o melhor que você pode fazer naquele momento. Então, tente vê-las como ‘boas o suficiente’ e procure trabalhar as suas competências socioemocionais para fazer mais escolhas boas no futuro. Não é uma garantia que você sempre fará a escolha certa, mas, ao menos, você estará tentando.
4. Faça terapia
O peso do arrependimento pode ser pesado demais para você carregar sozinho. Além disso, pode desencadear emoções e pensamentos desagradáveis difíceis de lidar. Para recobrar o seu bem-estar emocional e entender a fonte do seu arrependimento, bem como o que te impede de superá-lo, você pode procurar um psicólogo.
A terapia é um espaço seguro onde as pessoas podem compartilhar as suas angústias, desejos e aflições. Se você acredita que ninguém é capaz de entender como você se sente, saiba que o psicólogo é um profissional capacitado para não apenas compreender o funcionamento da psique humana, como também para ter empatia com realidades bem diferentes da dele.
Não tenha medo ou vergonha de conversar com o psicólogo sobre os seus arrependimentos. Falar sobre eles em voz alta pode ser o que falta para você conseguir os aceitar e os digerir da maneira correta.
5. Questione-se
Um exercício simples que você pode fazer antes de tomar uma decisão (lembrando que a inação também é uma escolha) é se perguntar “eu vou me arrepender disso?”. Faça uma breve reflexão sobre isso e, se você chegar a uma resposta positiva após avaliar todos os fatores entrelaçados na situação, escolha agir. Dessa forma, você reduz a possibilidade de ter arrependimentos de longo prazo. E, se no fim das contas você acabar se arrependendo da sua decisão, já saberá como lidar com esse sentimento.
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Bom dia!
Agradeço muito pelos artigos, tem me ajudado muito nas minhas tomadas de decisões.
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Todos artigos maravilhosos parabéns thaiana beijo
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