Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A vergonha impede muitas pessoas de viverem da forma como gostariam.
O medo de fazer algo embaraçoso faz com que assumam o papel de observadoras.
Em seguida, surge o arrependimento de não ter tido coragem para fazer o que desejavam. É um ciclo torturante que se perpetua por anos até que seja quebrado.
É natural ficar envergonhado de vez em quando, especialmente em certas situações sociais.
Pessoas ansiosas costumam sentir mais vergonha que outras na maioria dos momentos sociais. O problema é quando esse sentimento causa angústia por tê-lo impedido de fazer o que gosta.
Neste post, falaremos sobre a psicologia por trás da vergonha e como combatê-la.
Por que as pessoas sentem vergonha?
A vergonha é um sentimento associado à inadequação ou, pelo menos, à visão individual do que é ou não inadequado.
Logo, o indivíduo que sente vergonha com frequência acredita que não se porta adequadamente em situações sociais.
As pessoas querem se sentir amadas e valorizadas pelos outros.
Esses “outros” podem ser desconhecidos ou pessoas do seu círculo social.
Quando agem de maneira contrária ao que consideram ser apropriado na frente de terceiros, ficam envergonhados. Pensam que reduziram o seu valor de alguma forma.
Quem se preocupa demais com a sua imagem pública possui mais chances de sentir vergonha de suas ações, palavras, vestimentas ou atitudes passadas.
Essa pessoa passa horas analisando a própria conduta em busca de pontos falhos e, quando os encontra, sente vergonha por sua personalidade não ser perfeita.
O medo de receber julgamentos ou ter os seus defeitos reconhecidos é tão grande que ela se fecha em um casulo.
O envergonhado se coloca no lugar do outro, mas não de maneira positiva, como é o caso da empatia.
Ele tenta adivinhar o que as pessoas à sua volta estão pensando de negativo sobre ele.
Entretanto, é improvável que estejam pensando qualquer coisa a seu respeito.
A maioria das pessoas está preocupada demais com os próprios problemas para notar os dos outros.
Indivíduos facilmente envergonhados tendem a ter ideias rígidas sobre normas sociais ou estabelecer regras de conduta para si mesmos.
Quando não agem de acordo com os seus princípios, sentem-se culpados ou incompetentes.
Como a vergonha atrapalha a sua vida
A vergonha desperta diversos emoções negativas e age como um obstáculo entre o seu verdadeiro eu e o mundo.
Ela impede as pessoas de concluírem pequenas atividades, como fazer o pagamento de produtos com auxílio de um atendente, e encararem desafios importantes para seu crescimento pessoal, como fazer uma apresentação acadêmica ou de trabalho.
A vergonha também limita as possibilidades profissionais do envergonhado. Como acredita ser defeituoso, recusa oportunidades que poderiam avançar a sua carreira.
Assim, surge um pensamento paradoxal: como não obtém muitas realizações, a crença de que é naturalmente incapaz de conseguir o que deseja é reforçada.
Entretanto, a ausência de conquistas não tem nada a ver com inaptidão, mas, sim, com seu comportamento esquivo.
Mesmo quando a pessoa tenta vencer a vergonha, quando ela não tem confiança o suficiente em si mesma, acaba cometendo alguns erros. Até mesmo pessoas preparadas podem errar ocasionalmente.
As suas falhas, contudo, não são usadas para justificar a sua inferioridade em relação aos outros.
Psicólogos afirmam que indivíduos facilmente envergonhados se julgam demasiadamente, danificando a própria autoestima.
A desvalorização excessiva do “eu” resulta em depressão, ansiedade, estresse, entre outros problemas psicológicos.
Outras características da pessoa que sente vergonha excessivamente são:
- Fuga de situações que promovam a exposição pública;
- Pensamentos negativos;
- Dificuldade de manter contato visual durante conversas;
- Foco extremo em si mesmo;
- Fala rápida e com muitas interrupções de raciocínio;
- Comportamento esquivo, caracterizado por tentativas de evitar situações sociais;
- Autoavaliação constante;
- Medo de julgamentos alheios; e
- Crença que é defeituoso, inadequado e incapaz de seguir regras sociais.
A vergonha basicamente lhe afasta de ter relacionamentos afetivos e de amizade, oportunidades acadêmicas ou de emprego, e dos seus próprios objetivos pessoais.
A vergonha está ligada ao medo de ser você
A vergonha também está ligada ao medo de deixar transparecer o seu verdadeiro eu.
Pessoas com baixa autoestima têm receio de mostrar quem são de verdade. Temem o julgamento alheio e a censura de entes queridos.
Temem, sobretudo, descobrir que as suas personalidades são, de fato, inadequadas.
Sendo assim, escondem a sua verdadeira essência para se encaixarem em um padrão que acreditam precisar seguir.
Mas viver atrás de uma máscara não deixa ninguém feliz. O envergonhado acaba desenvolvendo mais problemas psicológicos ao se inibir tão radicalmente.
Pouco a pouco, a pessoa envergonhada destrói o seu amor-próprio, tornando-se irreconhecível até para si mesma. Só através do aconselhamento psicológico ela conseguirá se reconectar consigo mesma.
Como se livrar da vergonha
A vergonha tem utilidade quando moderada.
Se não fosse por esse sentimento, os seres humanos não seriam capazes de corrigir condutas impróprias.
O arrependimento e a culpa surgem junto com a vergonha e, assim, as pessoas sentem a obrigação de reparar maus comportamentos.
Para não se tornar a patológica, a vergonha não deve ser incentivada. Você pode fazer isso ao tomar as seguintes atitudes:
1. Reconheça a origem do medo
Por que você tem medo do julgamento das pessoas? O que você não quer que as pessoas saibam? O que você acredita que irá acontecer caso alguém pense mal de você?
Questione-se sobre a origem do medo de se expor ao mundo.
Você pode acabar descobrindo que ele nasceu de um trauma de infância ou de ter passado um momento desagradável na frente de várias pessoas.
Ele também pode ser resultado da insegurança e baixa autoestima.
2. Entenda que você não é o único
Você não é a única pessoa a cometer erros ou passar por situações embaraçosas.
Se você tem vergonha de fazer papel de bobo na frente dos outros, lembre-se que eles também já estiveram na sua posição em algum momento. Afinal, situações como essa fazem parte da vida!
As pessoas são mais compreensivas com as gafes alheias do que você imagina.
E, se algum dia encontrar alguém cuja reação seja ridicularizá-lo, apenas ignore-o.
O problema na verdade está com aquela pessoa e não com você.
3. Aprenda a se valorizar como você é
Uma forma poderosa de combater a vergonha é aceitar-se como você é.
Quando você se aceita, não teme o que pode acontecer com você.
Não importa se outras pessoas terão uma ideia negativa ao seu respeito ou se você gaguejar ou esquecer as falas durante uma apresentação.
Você saberá como agir nos momentos mais desconfortáveis.
Além disso, deixará de ter medo de mostrar quem você é.
A única pessoa que precisa aceitá-lo incondicionalmente é você mesmo.
Se não conseguir fazer isso, passará a vida escondendo a sua verdadeira personalidade. Esconder quem você é requer muita energia, além de ser muito doloroso.
Pratique a autoaceitação para elevar o seu amor-próprio, mesmo que pareça assustador viver a sua verdade a princípio.
4. Faça pequenos enfrentamentos
Para superarmos obstáculos, precisamos fazer enfrentamentos. Não, eles não são agradáveis na maior parte do tempo.
Enfrentar medos e hábitos negativos requer coragem, disciplina e paciência.
Por exemplo, uma pessoa somente consegue se livrar da vergonha de falar em público ao enfrentar o medo da exposição.
É se colocando nesta situação de extremo desconforto múltiplas vezes que gradualmente conseguirá falar com assertividade.
Mas, é claro que é preciso começar devagar. Ela pode treinar como falar em público na frente do espelho, fazer breves apresentações para a família e os amigos, fazer um curso de oratória, alongar as conversas com desconhecidos, entre outros.
Então, identifique as ocasiões que lhe deixam mais envergonhado e crie estratégias para enfrentá-las. Saiba que será necessário repetir esse exercício diversas vezes até que você não sinta mais vergonha.
5. Busque ajuda psicológica
Combater a vergonha pode não ser tão simples quanto você pensou, portanto, ajuda profissional pode ser necessária.
A terapia pode ajudá-lo a identificar a origem do temor excessivo de julgamentos, aumentar a sua autoestima e fazer os enfrentamentos necessários para viver uma vida livre da vergonha.
Passar por esse processo sozinho pode ser muito doloroso em razão das memórias e sentimentos envolvidos.
Com o auxílio de um psicólogo, você conseguirá proteger o seu emocional da sobrecarga de emoções negativas.
Além disso, o psicólogo é um profissional capacitado para ouvir as suas queixas e desabafos, não importando se você as considera inapropriadas ou não.
A terapia é um momento de liberdade voltado especialmente para você.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
Por gostar da Gestalt Terapia, acredito que vergonha, culpa e remorso são sintomas… Na realidade é a FIGURA que se apresenta… O importante nesse caso é o FUNDO, onde estão as causas dos sintomas!
Como cada um tem um processo de vida onde se acumulam as experiências fundamentadas no contexto, na historia pessoal e nos relacionamentos, logo cada um é cada um! É como tratar todo mundo igual quando iriardes e as digitais são únicas…
Logo, o que cabe buscar é a conscientização e a habilidade individual para responder por isso!
Olá,
Obrigada pelo seu comentário!
Abraços,
Psicóloga Thaiana
Bom dia
Poderia falar sobre fobia social e depressão o que fazer pra sair dessa .
Olá!
Temos alguns artigos aqui no site com estes conteúdos, tenho certeza que você vai gostar bastante!
Obrigada pelo seu comentário.
Abraços,
Psicóloga Thaiana
o artigo descreveu como me sinto, foi difícil ler tudo isso e me ver descrito no artigo, estou em terapia.
Olá, Gabriel! Que bom que você está fazendo terapia. Mantenha-se firme em seu processo!
Fiz uma lista de crenças limitantes, não foi fácil enxergar e admitir para mim mesma o que sinto. Como estava muito confusa comecei a lista por Medo, Insegurança e o terceiro era Vergonha. Fique surpresa por encontrar nesse atigo detalhes do que sinto. Me vi refletida no assunto da vergonha. O medo e a insegurança acabou sendo o complemento até agora. Estou em uma fase crítica de conflitos internos, são brigas com minha própria mente e tive que tomar essa atitude de escrever essa lista, que ainda faltam crenças -ou fantasmas- à serem pesquisados. Agradeço por esses conteúdos.
O título da minha busca é “Enfrentando os fantasmas que me limita”.