Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Tem se falado muito em empatia nos últimos anos, mas você sabe o que esse termo significa? Sabe como uma pessoa empática se porta e como se tornar uma?
Apesar de aparentar estar relacionada totalmente com a nossa relação com o outro, a empatia também nos ajuda a regular as nossas próprias emoções.
Dessa forma, conseguimos administrar como nos sentimos diante de situações estressantes e momentos de adversidade.
Além disso, a empatia passou a ser uma habilidade socioemocional admirada tanto no mercado de trabalho quanto nas relações sociais, afirmam psicólogos.
Lidar com uma diversidade de personalidades no dia a dia se torna muito mais fácil quando tentamos ver o mundo através dos olhos de outras pessoas.
O que é empatia?
Empatia é a capacidade de perceber e interpretar as emoções de terceiros ao se imaginar no lugar deles. Por conta das suas particularidades, é dividida em três categorias:
- Empatia afetiva: capacidade de fornecer respostas apropriadas às emoções das outras pessoas. Empáticos afetivos estão frequentemente preocupados com o bem-estar alheio;
- Empatia somática: capacidade de sentir o que a outra pessoa está sentindo. Empáticos somáticos tendem a reagir fisicamente para cessar o sofrimento ou desconforto do outro por saberem exatamente como ele se sente; e
- Empatia cognitiva: capacidade de compreender a resposta emocional de uma pessoa a uma situação específica. Empáticos cognitivos conseguem tomar decisões que beneficiam múltiplas pessoas, além de prevenir o sofrimento de terceiros.
A empatia possui um papel importante na história evolutiva da humanidade.
Embora ser empático não signifique necessariamente querer sempre ajudar indivíduos necessitados, é um componente vital para a compaixão.
Logo, pessoas empáticas costumam estender a mão ao outro mais vezes.
Sendo assim, se, ao longo da história, as pessoas não conseguissem sentir a dor do outro a ponto de oferecer ajuda, certamente não estaríamos aqui hoje, não é mesmo?
Seria impossível também desenvolver a noção de que somos, de fato, muito semelhantes.
O exterior pode ser diferente, mas as emoções, os sentimentos, os sonhos, as dores e os medos são muito similares.
Características de uma pessoa empática
A preocupação da pessoa empática com o bem-estar e a felicidade alheia é notória.
Por isso, ela é normalmente procurada quando indivíduos, próximos ou não, precisam desabafar e expressar sentimentos. Entre os atributos de pessoas com empatia desenvolvida estão:
- Ouvir os outros atentamente;
- Ser capaz de identificar quando os outros estão chateados ou desconfortáveis;
- Considerar as opiniões e os sentimentos dos outros antes de tomar decisões que as impactam direta ou indiretamente;
- Sensibilidade perante eventos negativos ou trágicos;
- Oferecer apoio a quem está sofrendo;
- Ser capaz de dizer quando as pessoas não estão sendo totalmente honestas;
- Se sentir sobrecarregado durante eventos sociais;
- Pensar com frequência em como os outros estão e o que pode fazer para ajudar a melhorar as suas vidas;
- Saber interpretar a linguagem corporal das pessoas;
- Perguntar como o outro está com frequência; e
- Ter dificuldade para estabelecer limites em seus relacionamentos.
Embora essas atitudes sejam normalmente admiradas pelos outros, alguns podem duvidar de suas supostas boas intenções em razão do seu alto nível de empatia.
Infelizmente, hoje as pessoas parecem estar acostumadas a serem decepcionadas ou enganadas.
Assim, quando encontram alguém empático, capaz de perdoar facilmente e oferecer ajuda sem olhar a quem, questionam se suas ações são, de fato, verdadeiras.
Como praticar a empatia?
A empatia é tanto uma habilidade natural, adquirida durante a criação e as experiências de vida, quanto pode ser aprendida.
As vantagens de desenvolvê-la são muitas.
A empatia é benéfica no mundo corporativo, podendo ajudar profissionais a progredir na carreira.
Quem consegue se colocar no lugar dos colegas de trabalho cria um ambiente de trabalho agradável e consegue estreitar laços com a equipe.
Além disso, profissionais empáticos conseguem compreender a necessidade dos consumidores ao identificar as suas emoções e desejos, desenvolvendo estratégias certeiras.
Pessoas empáticas também conseguem formar laços de amizade e iniciar relacionamentos mais facilmente.
Elas são queridas em seus círculos sociais por suas posturas solícitas e compreensivas.
Se você deseja desenvolver a sua empatia, confira cinco modos de fazê-lo abaixo!
1. Pratique a escuta
Para você aprender a identificar e interpretar as emoções alheias, precisa, primeiro, conhecer as pessoas.
Oferecer a sua escuta é o modo mais eficiente de fazê-lo.
Deixe as pessoas falarem à vontade e se abrirem com sinceridade para conhecer o modo de pensar, os objetivos de vida e a história delas.
Mantenha a atenção nelas, sem a interrupção de celulares ou pequenas distrações. Além de ouvir com atenção, você vai passar uma impressão agradável para os outros.
Na grande maioria das vezes, as pessoas só estão procurando alguém para ouvi-las.
Não pedem conselhos ou orientações, somente a escuta.
Demonstrar interesse no que elas têm a dizer pode lhe ensinar muito sobre emoções e, ainda, melhorar o dia de alguém.
2. Preste atenção na linguagem corporal
Uma forma de praticar a empatia é analisar a linguagem corporal. Afinal, nós não nos comunicamos somente com palavras.
A maneira como ficamos em pé, a pose que sustentamos durante uma conversa e as nossas expressões faciais dizem muito sobre o que estamos sentindo e pensando.
Analisar a linguagem corporal dos outros vai ajudá-lo a desenvolver a sua empatia cognitiva.
Quando alguém tentar mascarar a sua reação perante um acontecimento, você conseguirá perceber pequenos detalhes em sua expressão e postura que denunciam seus verdadeiros sentimentos.
Essa habilidade é especialmente útil para profissionais que trabalham com o público ou que têm contato constante com consumidores e investidores.
Você saberá para onde levar a conversa de acordo com as reações não-verbais das pessoas.
3. Tente entender o lado do outro mesmo quando você discorda
Quando alguém discorda do que pensamos, a primeira reação costuma ser dar de ombros.
Às vezes, a discordância de opiniões pode acarretar discussões.
Esses conflitos acontecem porque a maioria das pessoas quer somente expressar o que pensa, desconsiderando o ponto de vista alheio.
Deste modo, tente compreender o que leva alguém a discordar de você.
Avalie o que você sabe sobre essa pessoa, como se estivesse à procura de peças para um quebra-cabeça.
Como a criação e as vivências dela podem ter influenciado em seu jeito de pensar? Como a personalidade dela impacta a sua mentalidade?
O objetivo desse exercício não é reconstruir os mínimos detalhes da vida do outro.
O único que consegue avaliar todos os aspectos da vida de uma pessoa é o psicólogo e, para isso, são necessárias muitas trocas de informação durante consultas.
A intenção é, na verdade, tentar compreender os fatores que podem ter influenciado as opiniões, os valores, as crenças e a personalidade do outro para trazer clareza sobre ele.
4. Faça perguntas
Além de ouvir com atenção, fazer perguntas enriquece a sua compreensão de como as outras pessoas se sentem.
Dessa maneira, faça mais perguntas durante as suas conversas, demonstrando interesse em conhecer a história do outro.
Não exagere na quantidade de questionamentos nem tente ultrapassar os limites pessoais do outro.
Algumas pessoas não vêm problema em compartilhar detalhes íntimos e o fazem sem a necessidade de encorajamento.
Já outras preferem criar um laço de amizade antes de adentrar em tópicos pessoais.
Aprenda a diferenciar quando alguém está confortável para fazê-lo de quando prefere se manter em silêncio.
5. Se imagine no lugar da pessoa
Este é um exercício prático que você pode fazer com qualquer pessoa.
Se imagine no lugar do outro, como se vivesse a vida dele e tivesse passado pelas mesmas experiências.
Depois, se questione.
O que você faria no lugar desse indivíduo? Como se comportaria se tivesse as mesmas preocupações e ansiedades?
Além de lhe fornecer múltiplas perspectivas sobre a vida, esse exercício é capaz de abrandar as suas opiniões acerca das pessoas.
Por exemplo, você não se dá bem com uma pessoa difícil no trabalho.
Não importa o quão cordial você seja, desentendimentos e provocações são comuns entre vocês.
Os demais colegas de trabalho possuem a mesma opinião, por isso, não tentam estabelecer um vínculo com essa pessoa.
Ao fazer esse exercício com as informações que você possui sobre ela, conseguirá compreender o porquê de ela se portar com tanto mal humor.
Você pode descobrir, ainda, que essa pessoa possui dificuldade para formar amizades por ser ansiosa ou por ter tido experiências ruins no passado. Assim, conseguirá ter empatia por ela.
Para essa prática funcionar direitinho, você precisa praticar a sua escuta e fazer perguntas pertinentes durante conversas para conhecer minimamente a outra pessoa.
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...
Boa tarde.
Excelente texto, esclarecendo várias dúvidas.
Parabéns pela iniciativa de compartilhar de forma gratuita.
Gratidão
Obrigada pelo seu feedback!
Muito obrigada! Estava tão angustiada, ao ler seus artigos fiquei muito aliviada.
Deus te abençoe, sucessos.
Olá, Eva! Fico contente em saber que o conteúdo foi útil para você. Se tiver interesse, você também pode assinar a nossa newsletter para receber todos os conteúdos que são publicados em tempo real! Basta se inscrever clicando neste link: https://www.psicologosberrini.com.br/newsletter. Espero que você goste!
Muito bom
Obrigada
Tá me ajudando entender o que tá acontecendo comigo
Obrigada pelo seu comentário!
Conteúdo maravilhoso gostei muito , mas sofro com transtorno bipolar é uma constante em minha vida controlar as emoções . gostaria de mais conteúdo nesse sentido.
Sugestão anotada. Enquanto isso, pense na possibilidade de conversar com um psicólogo para trabalhar essas questões. Acredito que irá ajudá-la muito!
Muito bom!
Obrigada!
Sou estudante de Neuro psicologia.
Rio de Janeiro-RJ
Amo Psicologia
Obrigada pelo seu feedback. Boa sorte nos estudos!