Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Aprender a resolver problemas com diálogo é, sem dúvidas, necessário para se ter uma boa vivência. As palavras são poderosas e podem ser muito úteis para formar e fortalecer relacionamentos, assim como para garantir que oportunidades bacanas cheguem até você.
É importante saber se expressar com clareza e sem agressividade tanto para resolver problemas quanto preveni-los.
Do mesmo jeito que você provavelmente não gosta que se dirijam a você com grosseria, as outras pessoas também não. Assim, faz sentido pensar em uma forma calma e coesa de se comunicar para não magoar os sentimentos de ninguém.
Resolver problemas sem diálogo pode resultar em ainda mais problemas. Agressões físicas e/ou verbais podem acarretar sérias consequências, como lesionar outra pessoa ou receber um processo por falas impróprias.
Já quando se sabe dialogar, os problemas são resolvidos mais facilmente. Você se expressa com sinceridade, bem como escuta os argumentos do outro. A partir dessa interação, ambos podem modificar comportamentos incômodos ou pedir perdão, além de fortalecer o vínculo afetivo entre vocês.
Como resolver problemas com diálogo?
Separamos algumas dicas para você aprender a resolver problemas com diálogo, especialmente se você não é uma pessoa que costuma fazer isso.
1. Esfrie a cabeça
Não é uma boa ideia dialogar quando se está com as emoções à flor da pele. No momento da raiva ou da tristeza, você pode falar algo inapropriado e se arrepender depois. Consertar um laço afetivo abalado por palavras ásperas pode ser mais trabalhoso do que você imagina.
Sendo assim, esfrie a cabeça antes de chamar a pessoa envolvida no conflito para conversar. Deixe as emoções assentarem enquanto se concentra em outras atividades. Dessa forma, você também conseguirá pensar com racionalidade sobre a situação, evitando tirar conclusões precipitadas.
Quando se sentir melhor e não tiver emoções intensas em relação à pessoa, chame-a para dialogar. Se quiser, você pode repassar na cabeça exatamente o que você quer dizer para não se perder durante a conversa. Sentimentos podem aflorar e mudar o seu foco das circunstâncias atuais para atitudes do passado, por exemplo.
2. Não traga problemas do passado
Falando em passado, não mencione problemas que já foram resolvidos. A menção de assuntos inapropriados para o problema do presente passa a impressão de que você, na verdade, não superou o que aconteceu. Quando estiver resolvendo um conflito do agora, concentre-se somente nele.
Se você sente mágoa em relação aos acontecimentos que já se foram, converse sobre esses assuntos em uma ocasião distinta.
Ao serem trazidos de volta ao presente, as atitudes, palavras e ocorridos do passado despertam os mesmos sentimentos ruins que você sentiu outrora. Assim, fica difícil resolver a questão mais urgente e enxergar as possíveis mudanças de condutas de quem lhe causou mal.
3. Mude o seu jeito de falar
As pessoas não respondem bem a expressões e palavras com conotação negativa. Elas causam um sentimento ruim, por isso, fazem com que elas entrem na defensiva ou percam o interesse em dialogar.
Em vez de acusar alguém de ter feito algo, fale sobre como você se sentiu em decorrência do comportamento alheio. Mesmo que o outro seja o “errado” da história, não fale com agressividade ou desejo de fazer a pessoa sofrer por tê-lo causado mal. Essa postura alimenta o atrito entre vocês.
Por exemplo, não diga “Você me machucou”, mas, sim, “Eu fico magoado quando as nossas conversas se transformam em brigas”.
4. Não esconda sentimentos
Se não está tudo bem, seja claro. Não diga que está tudo maravilhoso entre você e a outra pessoa quando, no fundo, você está magoado, irritado ou decepcionado. Essa postura aumentará a sua mágoa em relação a ela.
É muito comum casais adotarem essa postura para escapar de brigas em vez de se dispuserem a resolver problemas com diálogo.
Porém, quanto mais sentimentos negativos você guardar dentro de você, mais raiva ou descontentamento sentirá em relação ao ocorrido ou à outra pessoa. Em algum momento, esses sentimentos acumulados precisarão ser expressos e não será de um jeito saudável. Eles se manifestarão na forma de uma explosão de raiva ou de uma crise de ansiedade.
Descargas intensas e repentinas de emoções (tanto positivas quanto negativas) desgastam o corpo e a mente. Sem perceber, você estará colaborando para o seu próprio esgotamento psicológico ou estafa mental.
Diga à pessoa tudo o que você sente, mesmo que não seja nada positivo. Esclareça o porquê de estar se sentindo de determinada maneira e ouça os argumentos da outra pessoa com a mente aberta. Como diz o ditado popular: “não durma com raiva”.
5. Converse em tempo hábil
Assim como é errado guardar mágoas só para si, não é adequado deixar o tempo correr sem se acertar com quem feriu os seus sentimentos. Se você precisar esfriar a cabeça, tudo bem. Faça isso para evitar uma confusão ainda maior. Todavia, não deixe que se passem semanas, meses ou anos para resolver uma situação.
A outra pessoa pode pensar que você não se importa o suficiente com ela para tentar consertar o relacionamento. Deste modo, será mais fácil para ela se afastar de você.
Além disso, é ruim viver com uma situação inacabada. Quando não encontramos um “ponto final” para as nossas vivências, dedicamos muito tempo pensando no assunto. Será que seria diferente se você tivesse feito X ou Y? E se você tivesse ido conversar sobre aquele assunto que estava morrendo de vontade de esclarecer?
Esses questionamentos desagradáveis aumentam o sentimento de culpa e de arrependimento, prolongando o sofrimento emocional.
6. Se expresse com tranquilidade
Para conversar com as pessoas sobre assuntos delicados, precisamos falar em uma linguagem que elas compreendam. A maioria das pessoas compreende a linguagem da compaixão, da paciência e da serenidade.
Ao invés de cobranças e acusações, o diálogo deve ser composto por palavras dóceis e compreensivas. É claro que você não deve evitar se posicionar ou apontar os erros cometidos com você. Entretanto, faça isso de uma forma tranquila.
Se coloque no lugar da pessoa, mesmo quando ela lhe causou algum mal, para entender a sua forma de pensar e de agir.
Muitas vezes, temos atitudes inapropriadas em dias ruins ou após acontecimentos marcantes, e descontamos em terceiros. O mesmo pode ocorrer com as outras pessoas. Então, seja empático para conseguir dialogar com tranquilidade.
7. Não se apegue ao problema
Você já brigou com alguém por muitos anos por causa de palavras erradas ou ações que na hora não foram bem interpretadas?
Muitos passam anos sem conversar com um parente ou um amigo devido a um desentendimento. Após tanto tempo, eles nem sequer se lembram do que aconteceu, mas continham afastados. Infelizmente, muitos se arrependem dessa postura no momento errado, quando o outro já partiu.
Esse cenário é tão comum porque algumas pessoas se apegam demasiadamente aos seus conflitos. Elas não conseguem dar uma segunda chance para quem errou ou, se elas erraram, pedir perdão por seu modo de agir. Elas transformam um pequeno problema em uma parte de sua identidade.
Além de não ser bom para a saúde mental, essa atitude causa arrependimentos e aprofunda o rancor. Afinal, qual o objetivo de cultivar uma mágoa por tantos anos? Desapegue dos seus problemas e siga com a sua vida, sem cultivar ressentimentos.
O diálogo deve ser uma constante
O diálogo, na verdade, deve ser uma constante nos relacionamentos interpessoais. Não importa qual a natureza deles – amorosa, profissional, familiar, de amizade –, as suas intenções e as das outras pessoas devem estar claras.
Não esconda as suas emoções e opiniões do seu cônjuge, parentes, amigos e colegas de trabalho. Resolva os impasses o mais rapidamente e sinceramente possível para não alimentar um problema por anos sem ter a consciência disso.
Quando você sente que possui liberdade para falar com alguém, a convivência com essa pessoa é mais leve. Nem você, nem ela tem medo de levar patadas, sermões ou ser humilhada. Dessa forma, o diálogo flui com naturalidade e profundidade.
Se você tiver dificuldades para se expressar, pode escrever uma carta ou um e-mail bem elaborado para resolver o problema. O ideal é não tentar consertar problemas via mensagem de texto ou áudio em aplicativos de conversa, mas, sim, entregar a mensagem escrita pessoalmente.
Outra maneira de aprender a resolver problemas com diálogo é fazer terapia. O acompanhamento psicológico lhe ajudará a descobrir a origem da sua dificuldade de expressão. Assim, você, junto com o psicólogo, conseguirá encontrar maneiras de superá-la e desenvolver a assertividade.
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- A importância do diálogo nos relacionamentosAprender a resolver problemas com diálogo é, sem dúvidas, necessário para se ter uma boa vivência. As palavras são poderosas e podem ser muito úteis para formar e fortalecer relacionamentos, [...]
- Como resolver conflitos internos e ter uma vida mais leveAprender a resolver problemas com diálogo é, sem dúvidas, necessário para se ter uma boa vivência. As palavras são poderosas e podem ser muito úteis para formar e fortalecer relacionamentos, [...]
- Como lidar com conflitos no trabalho?Aprender a resolver problemas com diálogo é, sem dúvidas, necessário para se ter uma boa vivência. As palavras são poderosas e podem ser muito úteis para formar e fortalecer relacionamentos, [...]
Outros artigos com Tags semelhantes:
- Guia prático para reconhecer e valorizar as suas qualidadesA capacidade de reconhecer qualidades e atributos positivos é muito valiosa. A pessoa com autoestima elevada sabe a importância das suas habilidades, valores, qualidades e traços de personalidade, além [...]
- A importância do autocuidado para estudantes universitáriosA rotina de estudantes universitários pode ser muito puxada. A vida universitária é ao mesmo tempo gratificante e cansativa. Envolve uma diversidade de questões emocionais e pessoais, como a [...]
- O poder do fracasso para o crescimento pessoalO fracasso pode ser um momento doloroso, mas não precisa ser prejudicial. Leia o texto e veja como torná-lo mais um degrau de nosso sucesso. A nossa carreira raramente [...]
Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
ótimo! bem sugestivo para viver calmamente.
Obrigada pelo feedback!
Gostei muito do seu trabalho do seu artigo e vou colocar em prática no meu relacionamento
Obrigada pelo seu feedback e fico contente que tenha sido útil para você.
Este assunto sobre diálogo é muito importante para mim
Materiais como este salvam vidas. Obrigado.