Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
A vida obriga as pessoas a correrem riscos. Uma mudança de cidade ou de emprego, o início de um relacionamento amoroso, o começo de uma graduação superior, a inscrição em um concurso são exemplos de situações que pedem essa atitude.
Como não podemos prever o futuro, precisamos arriscar para conseguirmos aproveitar os resultados de oportunidades como as mencionadas anteriormente. Caso contrário, como saberemos se elas serão boas ou não para nós?
O medo de arriscar implica no não aproveitamento de experiências essenciais para o nosso crescimento pessoal. Logo, você pode ter uma vida pouco satisfatória por não conseguir deixar a sua zona de conforto.
Você tem medo de arriscar?
Correr riscos significa aceitar viver uma situação sem saber como será o seu desenvolvimento. É uma decisão que requer coragem já que os resultados são pouco previsíveis. Mesmo quando um planejamento é preparado, nada garante que ele será seguido à risca.
Indivíduos que não têm dificuldades de arriscar geralmente possuem autoestima alta e autoconfiança, apesar de também não terem todas as respostas para os acontecimentos. Eles sabem que podem resolver problemas e lidar com imprevistos sem estresse.
Além disso, eles não têm medo de fazer várias tentativas ou de modificar o seu planejamento até alcançarem os seus objetivos.
As pessoas que têm medo de arriscar pensam de forma contrária. Elas não têm confiança o suficiente em si mesmas para correrem riscos em uma situação inédita. Normalmente, se sentem inferiores, inadequadas, pouco inteligentes ou incapazes. Assim, preferem seguir o caminho mais seguro.
É preciso deixar claro que existe uma diferença entre ter medo de arriscar e preferir não arriscar. Quem não vê a necessidade de correr riscos com frequência, mas o faz quando é necessário, não possui uma autoimagem negativa.
De onde vem o medo de arriscar?
O medo de arriscar, na verdade, não está relacionada às situações específicas. Ele surge dos possíveis sentimentos negativos que podem aparecer caso elas não correspondam às expectativas.
Quando uma pessoa decide confessar os seus sentimentos por outra e iniciar um relacionamento, está riscando ser rejeitada. Quando envia o seu currículo para uma vaga de emprego, está arriscando receber um não. Quando recebe uma proposta profissional para mudar de cidade, está correndo o risco de não se adaptar no novo local.
Todavia, também está arriscando receber respostas positivas e ter vivências únicas.
Se o seu pensamento estiver somente nos aspectos negativos, o medo de correr riscos crescerá. Já se você esperar o melhor, sem elevar as suas expectativas a níveis inalcançáveis, o medo de possíveis consequências negativas vai desaparecer.
É compreensível ter um pouco de receio quando se toma uma decisão que nunca tomou antes, ou até mesmo quando se decide percorrer a estrada menos percorrida. Como tudo é uma novidade, você precisará confiar na sua inteligência e habilidade para superar desafios.
No entanto, ambas as circunstâncias proporcionam oportunidades de aprendizado muito ricas. O medo acabará se tornando apenas um detalhe em face das lições que você aprenderá ao fazer essas escolhas difíceis. As melhores recompensas são conquistadas quando corremos riscos maiores.
Sendo assim, o medo de arriscar também impede que você cresça, aprenda e se torne uma pessoa mais sábia.
Como acabar com o medo de arriscar?
Como, de fato, acabar com o medo de arriscar?
Os medos, sejam quais forem, são obstáculos em nossas vidas. Eles agem como barreiras entre nós e nossos objetivos de vida. Quanto mais tempo convivemos com eles, mais difícil é se livrar deles. Então, o ideal é fazermos um esforço diário para superá-los para, enfim, vivermos sem eles.
O medo de arriscar, como todos os outros, pode ser combatido com a adoção de algumas condutas. A psicoterapia também pode ajudar na superação de medos e inseguranças, principalmente se estiverem associadas a dores emocionais.
Abaixo, veja cinco maneiras de acabar com o medo de arriscar.
1. Dê pequenos passos para fora da zona de conforto
A zona de conforto é normalmente a razão que impede as pessoas de correrem riscos. Embora seja confortável (como o próprio termo implica) permanecer inerte, são as mudanças que ajudam as pessoas a crescer. Se você não tentar coisas diferentes, não vai descobrir o seu verdadeiro potencial.
As pessoas crescem em momentos de adversidade. Pode parecer uma frase clichê, mas é a verdade. Quando estão de cara com o desconhecido, precisam encontrar qualidades e forças que não sabiam que possuíam para enfrentar a situação.
Então, para perder o medo de correr riscos, você precisa deixar a sua zona de conforto e aceitar as consequências disso.
Faça isso devagar para aumentar as suas chances de obter sucesso. Selecione algo que sempre desejou fazer, mas teve medo. Aceite os resultados que vierem de suas ações, mesmo se não forem os esperados. Da mesma forma, não crie expectativas muito altas. Lembre-se constantemente de aproveitar um dia após o outro!
2. Compreenda de onde vem o medo de mudança
Por que você tem tanto medo de arriscar e fazer mudanças? Como pontuado anteriormente, o medo de julgamentos, de não ser bom o suficiente e de fracassar são temores comuns em pessoas que não arriscam. Reflita se você não possui alguns desses medos dentro de você.
Analise também o que pode ter causado esse medo. Certamente, foi um acontecimento desagradável do passado. Mas o que, de fato, nesse ocorrido ocasionou o medo de correr riscos?
Quando ficamos presos a experiências ruins que já passaram, perdermos diversas oportunidades melhores no presente. Isso significa que estamos agindo contra nós mesmos e construindo um futuro pouco proveitoso.
Portanto, reflita sobre a origem do seu medo de mudança para compreendê-lo e, assim, conseguir se desapegar de acontecimentos passados. Quando nos dedicamos a compreender o porquê de nos sentirmos de determinada forma, adquirimos controle sobre o sentimento. Isso torna fazer mudanças mais fácil.
3. Defina metas possíveis
Pense no que causa o seu medo de arriscar, depois faça metas específicas para confrontar cada uma dessas ocasiões. Em seguida, estabeleça um passo a passo detalhado de como alcançá-las.
Definir metas é uma forma eficiente de incentivá-lo a agir, de medir resultados e identificar pontos que você ainda precisa trabalhar em si mesmo.
Por exemplo, uma pessoa que demora a começar um negócio próprio por conta do medo da instabilidade financeira e do fracasso pode definir metas pequenas para ajuda-la a deixar a zona de conforto.
Primeiro, pode analisar se o mercado será receptivo, se possui dinheiro para investir em seus sonhos e se conseguirá se sustentar nos primeiros meses de adaptação do empreendimento novo. Depois, pode fazer um planejamento das habilidades e equipamentos necessários para criar o seu produto ou oferecer o seu serviço.
Assim, pouco a pouco, ela conseguirá deixar a sua situação atual, a qual considera insatisfatória, de uma forma consistente.
4. Faça diversas tentativas
Uma forma comum de amenizar os sentimentos ruins que surgem perante um objeto ou um acontecimento que desperta medo é encará-lo repetidas vezes. Porém, é provável que você não consiga superar o medo de arriscar na sua primeira tentativa.
O primeiro erro costuma ser desanimador porque as pessoas elevam as suas expectativas e esperam resultados instantâneos. Além desse pensamento ser pouco produtivo, ele contém falhas.
É impossível fazer algo muito bem de primeira, então não desanime se você retomar velhos comportamentos, ficar ansioso ou deixar o medo dominar. Tente quantas vezes forem necessárias para superar o medo de correr riscos.
O processo de mudança de comportamento ou de pensamento é longo. É difícil modificar os seus hábitos após anos e anos agindo da mesma forma. Seja paciente consigo mesmo.
5. Trabalhe a sua autoestima
A autoestima influencia muito no que acreditamos ter capacidade ou não de fazer ou de obter. Uma pessoa com baixa autoestima não acredita ser capaz de alcançar os seus objetivos de vida, receber uma promoção, encontrar um parceiro bacana ou até mesmo de ser feliz.
Como não se vê como merecedora de coisas boas, ela deixa de aceitar oportunidades ou de fazer o que realmente quer. Por essa e outras razões, é importante trabalhar a autoestima para combater o medo de correr riscos.
Algumas formas de elevar a sua autoestima são:
- Fazer afirmações positivas recorrentes;
- Reconhecer e celebrar suas vitórias;
- Aceitar elogios quando esses são sinceros;
- Fazer terapia para fortalecer a sua autoimagem;
- Listar as suas qualidades com frequência;
- Acreditar em si mesmo, independente das dificuldades que surgirem em seu caminho;
- Agradecer por seus pontos fortes; e
- Ser compassivo consigo mesmo. Afinal, todos cometem erros.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...