Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
O diálogo no relacionamento é indispensável para a duração e o fortalecimento de qualquer relacionamento. A vida sexual, a admiração pelo parceiro e a liberdade para viver a própria vida também são importantes, mas é a falta de diálogo que costuma distanciar os casais.
Um relacionamento afetivo é uma troca constante de sentimentos, companhia, apoio, sonhos, afeição e, sobretudo, palavras. Se os parceiros não estiverem em sintoma para solucionar problemas conjugais conversando, brigas e discussões podem minar a relação.
Psicólogos recomendam ser honesto e aberto com o parceiro para o bem do relacionamento. Isso significa saber quando é hora de falar e quando é a de ouvir.
Os obstáculos para o diálogo nos relacionamentos
Um casal é formado por dois indivíduos completamente diferentes. Embora às vezes tenham personalidades, opiniões e gostos semelhantes, ainda carregam uma bagagem histórica e cultural distinta.
Uma situação comum encontrada na terapia de casal é a diferença entre as crenças acerca da resolução de conflitos e da expressão de afetividade.
Para um cônjuge conversar sobre seus sentimentos é a coisa mais fácil do mundo. A sua habilidade de dialogar tem várias explicações: cultura de diálogo aberto na família, necessidade de desenvolvimento dessa aptidão no passado, personalidade extrovertida e valores recebidos na infância.
Já para o outro dialogar não é nada fácil. Ele pode ter vindo de uma família cujo diálogo era inexistente, passou por experiências que o levaram a crer que dialogar é ruim, não tem confiança o suficiente em si mesmo e prefere evitar conflitos no geral.
O resultado dessa equação é a dificuldade de conversar. Um quer, mas o outro não. Assim, surgem os confrontos verbais, capazes de formar mágoas duradouras.
A ausência de diálogo dá margem para os cônjuges criarem teorias para o comportamento e os sentimentos do outro. Como a possibilidade de esclarecer suposições é inexistente, a ansiedade e o medo vêm. Eles passam a questionar a fidelidade do parceiro e a força do vínculo afetivo entre eles.
Outra situação bastante comum nos relacionamentos é a incapacidade de ouvir de uma ou ambas as partes. O diálogo é formado por dois elementos: a fala e a escuta. Para que duas pessoas dialoguem com qualidade, ambos precisam estar presentes.
Quando um dos cônjuges tem algo a dizer, mas não consegue se expressar sem abrasividade, a intensidade das emoções ou assusta o parceiro ou o incentiva a retaliar. Logo, as conversas se transformam em campos de batalha.
Os benefícios de ser aberto com o parceiro
Sem o diálogo, um relacionamento amoroso não consegue perdurar. Se o faz, o sentimento nutrido pelo casal não é positivo. A conveniência mantém casais que não conversam ou não se entendem juntos por anos.
É através das palavras que os parceiros compreendem os sentimentos, as opiniões, o modo de pensar e a história um do outro. Esse conhecimento ajuda os cônjuges a se conhecerem em um nível profundo, relevando algumas condutas e manias adquiridas ao longo da vida.
É normal que haja negociações nos relacionamentos maduros. Embora não seja possível modificar a conduta do outro por completo, os casais podem conversar para mudar pequenos comportamentos que machucam o outro.
Além disso, é o diálogo que soluciona os problemas conjugais sem deixar sequelas emocionais nos casais. A conversa tranquila, em tom agradável e com a mente aberta, proporciona o entendimento da realidade do outro e o perdão de atos inadequados.
Para que seja possível aproveitar todos os benefícios do diálogo, os casais também precisam aprender a escutar.
Nem sempre é fácil permanecer em silêncio e ouvir a pessoa amada falar coisas desagradáveis. No entanto, é dessa forma que desentendimentos são esclarecidos e mágoas secretas são reveladas. Os casais precisam ter inteligência emocional para distinguir uma crítica construtiva de um ataque pessoal.
Ser aberto com o parceiro fortalece o amor e a amizade cultivadas com ele, resultando em uma convivência harmônica.
Como melhorar o diálogo na relação?
Aprender a conversar sem trazer mágoas passadas à tona, ser ácido com as palavras e escutar os sentimentos do outro, mesmo quando você não está de acordo, não acontece de um dia para o outro.
Os parceiros precisam trabalhar juntos para que o diálogo sadio se torne uma realidade dentro do relacionamento. Essa atitude exige o afastamento de condutas defensivas, motivados pelo medo e o orgulho.
Um relacionamento amoroso saudável é construído na transparência. Esses casais contam qualquer coisa um para o outro sem receio. Os mal-entendidos são resolvidos rapidamente, por isso, eles estão sempre em harmonia.
Vale destacar que a relação ideal não é aquela com ausência de brigas.
Os conflitos são partes inerentes da convivência humana. Em razão da diversidade de pensamentos e de personalidades, é normal embates acontecerem no trabalho, em casa, entre amigos e namorados.
A relação ideal é aquela onde os conflitos são resolvidos através do respeito, honestidade e maturidade. Nenhum dos cônjuges precisa se diminuir ou se calar para cessar um confronto, mas, sim, se defender compreendendo que o parceiro pensa e age diferente.
Veja a seguir como melhorar o diálogo no relacionamento em alguns passos simples.
1. Faça terapia de casal
A terapia de casal oferece um espaço seguro e cooperativo para que casais compartilhem seus desejos e desabafos mais íntimos. A mediação de um profissional facilita conversas sobre assuntos delicados, que podem machucar se o diálogo for feito sem o devido cuidado.
Algumas pessoas se sentem acuadas quando o assunto é terapia de casal porque acreditam ser coisa “de gente muito problemática” ou têm vergonha de comentar intimidades da vida a dois.
Entretanto, o psicólogo responsável por essa modalidade psicoterapêutica é competente e compreende as limitações de cada paciente. O medo de falar sobre determinados assuntos é uma motivação a mais para procurá-lo.
2. Faça uso da comunicação não-violenta
A comunicação não-violenta (CNV) tem como princípio o diálogo sincero, respeitoso e correspondente com as necessidades dos participantes de uma conversa.
Em outras palavras, comunicar-se de modo não-violento é o mesmo que não fazer acusações, não permanecer na defensiva, escutar o outro sem fazer interrupções, estar atento aos sentimentos um do outro e usar a forma mais branda de se expressar.
Por exemplo, a pessoa com conhecimento de CNV diz “Eu me sinto triste quando o seu tom se ergue em nossas conversas” em vez de “Você é mente fechada, arrogante, irredutível”.
Por mais que as segundas afirmações estejam corretas, este não é o jeito mais apropriado de falar. A pessoa que escuta essas acusações perde o interesse no diálogo não-violento e parte para a defesa do seu caráter.
3. Exponha os seus receios ao parceiro
Do que você tem medo quando o assunto é dialogar? Da conversa sair do controle? De falar sobre os seus sentimentos mais íntimos? De não saber reagir caso algo seja trazido à tona pela pessoa amada?
Deixe os seus receios claros ao parceiro. Compartilhe as suas dificuldades em sustentar uma conversa séria ou sincera para que o outro compreenda o seu modo de agir. Assim, você não passará a impressão errada e ainda descobrirá se o seu cônjuge respeita as suas limitações.
4. Aceite as diferenças entre você e o parceiro
Discutir a relação não costuma dar certo porque os parceiros não aceitam as diferenças expressivas entre eles. Embora um casal tenha se juntado por encontrar pontos semelhantes um no outro, as distinções ainda estarão presentes entre eles.
As pessoas, no geral, tendem a ver o mundo somente com os seus próprios olhos. Sendo assim, têm dificuldade para se colocarem na posição do outro e entenderem a realidade através da visão de mundo dele.
Sempre que for conversar com o seu cônjuge tenha em mente que vocês são pessoas distintas e não têm a obrigação de pensar igual ou de modificar o pensamento e/ou comportamento somente para agradar um ao outro.
5. Vá com a intenção de resolver o problema
É importante solucionar problemas conjugais rapidamente. Se você deixar muito tempo passar, guardará mágoas dentro de você e sentirá a necessidade de trazer o passado de volta em problemas atuais.
Não inicie o diálogo pensando somente nas atitudes ou nas palavras que lhe magoaram. É importante sim expressá-las para que o cônjuge tenha ciência disso. Porém, não pressione sempre a mesma tecla em todas as conversas. Converse com a pessoa amada com a intenção de resolver o problema em questão. Não mencione problemas resolvidos anteriormente ou aponte os defeitos dele como as causas do atual desentendimento. Essa postura gera mais raiva e decepção.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
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Gratidão pelo artigo. A minha maior dificuldade é dialogar no casamento. Completamos 30 anos e estou vendo meus casamento se esvair e não consigo reagir. Grande parte por culpa minha.
Olá! Reconhecer o que precisa ser melhorado é o primeiro passo! Um psicólogo pode te auxiliar nessa jornada. Avalie a possibilidade de dar início a um processo terapêutico para trabalhar essa demanda. Sugiro que busque um profissional com experiência em relacionamentos.
Normalmente a maioria dos divorcios têm sempre uma causa:a falta do diálogo.