Terapia humanista: o que é e como funciona? [GUIA]

Terapia humanista: o que é e como funciona? [GUIA]

Você já ouviu falar sobre a terapia humanista? Essa abordagem da psicologia tem como foco as emoções, necessidades e desejos do indivíduo.

Para isso, o psicólogo o guia no caminho do autoconhecimento para que ele possa alcançar aquilo que deseja.

Mas será que essa terapia é para todo mundo? Como ela funciona e quais são os seus principais pilares e benefícios? 

Continue neste artigo para saber tudo sobre o assunto e descobrir se a terapia humanista é, de fato, indicada para você. Boa leitura!

O que é terapia humanista?

A terapia humanista é uma abordagem psicológica que se volta para a experiência subjetiva de cada indivíduo. Ou seja, ela procura compreender as necessidades, emoções, desejos, pensamentos e personalidade de cada pessoa para, assim, estimular o autoconhecimento, o crescimento pessoal e as potencialidades dela. 

Vale destacar que essa abordagem entende que a preservação do bem-estar e da saúde mental das pessoas é responsável pela autorrealização de cada um e para a melhora da vida de terceiros e do mundo. 

Assim, diferentemente da terapia comportamental, que acredita que os comportamentos dos indivíduos são resultados de estímulos do meio em que vivem e que podem ser reprogramados por meio do autoconhecimento, a humanista entende que as pessoas são livres para se comportarem como quiserem. No entanto, para que o potencial humano seja desenvolvido, é necessário o autocuidado e autovalorização. 

Quais são os pilares dessa abordagem da psicoterapia?

Assim como todas as abordagens da psicologia, a terapia humanista tem alguns preceitos e pilares que são seguidos de forma técnica e prática pelos seus psicólogos, sendo eles:

Foco no indivíduo

Esse é, sem dúvidas, o principal pilar da psicoterapia humanista. Conhecido como Terapia Centrada na Pessoa (TCP), esse método está embasado na ideia de que o indivíduo precisa compreender a sua subjetividade para ter uma vida saudável e satisfatória.

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Psicóloga Franciane Bortoli

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Ou seja, o seu foco não é em alguma patologia que o paciente possa ter, mas sim no seu autoconhecimento e na descoberta de seus potenciais. Portanto, a terapia humanista deseja alcançar o desenvolvimento pessoal do indivíduo e a sua autorrealização.

Foco no “agora”

Outro importante pilar da psicologia humanista é o seu foco no presente. Sim, para o desenvolvimento pessoal, os psicólogos humanistas procuram desvincular o paciente de seus problemas e traumas do passado. O foco são os seus sentimentos e vivências atuais. 

Autoconceito e autoatualização 

Autoconceito e autoatualização são pilares que caminham bastante unidos. Isso porque eles são pautados na ideia de que, conforme o indivíduo vivencia novas experiências, seus conceitos sobre si e sobre o mundo são reforçados ou se modificam.

Independente do caminho – o da mudança ou o do reforço -, o mais importante é ter conceitos realistas e bem definidos para, assim, estar bem emocionalmente. Ou seja, o autoconceito evita a angústia psicológica e dá direcionamentos mais eficazes. 

Livre arbítrio

Ao olhar para o indivíduo como um ser com necessidades e desejos específicos, a terapia humanista acredita e defende o livre-arbítrio, ou seja, a liberdade das pessoas de se comportarem e tomarem decisões conforme desejarem. 

Assim, essa abordagem acredita que o livre-arbítrio é responsável por levar o indivíduo a buscar e alcançar o seu potencial, seja por meio de acertos ou erros. 

Autorresponsabilidade

A autorresponsabilidade caminha junto com o livre-arbítrio, não é mesmo? Afinal, ter liberdade para tomar suas próprias decisões implica em assumir as responsabilidades desses comportamentos e pensamentos. 

Nesse sentido, esse pilar é importante porque o indivíduo que tem autorresponsabilidade assume suas ações, se responsabiliza por ser quem é e, assim, consegue mudar aquilo que acredita estar atrasando o seu caminho rumo ao bem-estar emocional e à felicidade.

Como funciona a terapia humanista?

Na prática, isto é, nas sessões de terapia humanista, o psicólogo tenta orientar o paciente a criar uma reconexão com a sua essência. Para isso, o profissional o convida a refletir sobre suas qualidades, fraquezas e experiências e expressar seus pensamentos e emoções. 

Sendo assim, a ideia aqui é ajudar o indivíduo a superar suas dificuldades e desenvolver as suas potencialidades ao máximo. 

Convém mencionar que o psicólogo não realiza diagnósticos que visem dizer o que o paciente deve ou não fazer. A sua proposta é oferecer suporte para que a própria pessoa compreenda o que é necessário realizar para sanar as suas dificuldades. 

Ademais, como o foco dessa abordagem é o desenvolvimento pessoal, então é comum que o psicólogo procure trabalhar a criatividade do paciente para que ele consiga se expressar melhor. Isso pode ser realizado por meio de algumas atividades, como pintura, escrita ou desenhos, por exemplo. 

Quais são os benefícios dessa abordagem?

Optar ou não pela terapia humanista é uma decisão individual e que deve levar em conta diversos fatores para saber se ela será eficaz para a sua demanda. No próximo tópico falaremos mais sobre para quem ela é indicada.

Porém, independente disso, assim como outras abordagens, é inegável que essa abordagem possui inúmeras vantagens. A seguir, listamos as principais:

• Desenvolvimento da autoconsciência: como o seu foco é a subjetividade do “eu”, o humanismo ajuda as pessoas a desenvolverem uma compreensão mais profunda de si mesmo por meio do autoconhecimento. 
• Desenvolvimento de habilidades de enfrentamento: por meio de seus pilares, a terapia humanista auxilia os indivíduos a desenvolverem uma maior resiliência e capacidade para lidar com as dificuldades da vida. 
• Desenvolvimento da autoaceitação e autoestima: essa abordagem contribui para que os pacientes reconheçam seu valor, suas forças e potencialidades. Logo, é possível aumentar a autoaceitação, a autoconfiança e a autoestima. 
• Melhora das relações interpessoais: à medida em que um indivíduo se entende melhor, ele é capaz de aprimorar suas relações interpessoais, uma vez que reconhece seus limites e consegue ser mais empático com o outro. 
• Redução do estresse e ansiedade: por meio do autoconhecimento e do desenvolvimento de habilidades de enfrentamento, torna-se possível lidar com situações conflitantes.

Para quem a terapia humanista é indicada?

O primeiro ponto é entender que a terapia humanista não é a mais adequada para quem vivenciou traumas ou conflitos muito intensos. Afinal, seu foco é o presente. Para isso, a psicologia comportamental ou psicanalítica podem ser mais interessantes. 

Sendo assim, essa abordagem é mais indicada para quem deseja olhar para si em sua integralidade, se entender melhor e alcançar realizações pessoais. 

Além disso, por trabalhar esse processo de autoconhecimento, ela é muito valiosa para quem deseja fortalecer o autocuidado, a autoestima e a autoconfiança. 

Portanto, diversas pessoas podem se beneficiar dessa abordagem psicológica. 

Entre em contato com um psicólogo e converse com ele para esclarecer os pontos e tomar a decisão mais assertiva para a sua saúde mental. O mais importante é se cuidar!

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