Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
A resistência a mudanças, sugestões ou obrigações é algo que faz parte da natureza humana não apenas pelo desejo de continuar no mesmo lugar e seguir o caminho que é seguro, mas também por um fenômeno conhecido como reatância psicológica.
Essa resposta cerebral faz com que as pessoas identifiquem ordens como privação de liberdade e autonomia, causando uma recusa às novas atividades.
Por que a reatância psicológica acontece?
A reatância psicológica ocorre devido a uma reação natural e instintiva das pessoas em preservar sua autonomia e liberdade de escolha. Existem várias razões para esse fenômeno:
1. Desejo de autonomia
A autonomia é um aspecto fundamental da natureza humana. Por isso, quando as pessoas sentem que sua capacidade de tomar decisões está sendo restringida, elas experimentam um impulso natural para restaurar essa liberdade.
Além disso, as pessoas têm um forte desejo de autodeterminação e controle sobre suas próprias vidas. Restrições percebidas são vistas como ameaças a essa autodeterminação.
2. Preservação da identidade pessoal
Manter a liberdade de escolha é essencial para a autoestima e a autoimagem. Por isso, restringir essa liberdade pode ser percebido como um ataque à própria identidade e valor pessoal.
Alinhado a isso, a capacidade de fazer escolhas livremente é uma forma de expressão individual. Então, qualquer restrição a essa expressão pode desencadear uma reação defensiva.
3. Percepção de controle
Ter controle sobre o próprio ambiente e circunstâncias é crucial para o bem-estar psicológico. Restrições percebidas minam esse sentimento de controle, levando a uma reatância psicológica.
Lembrando que a percepção de perda de controle pode aumentar o estresse e a ansiedade, incentivando a pessoa a restaurar sua liberdade.
4. Resistência à influência externa
Muitas vezes, a reatância é uma forma de resistência à autoridade ou à coerção externa. Por isso, é especialmente comum em adolescentes e jovens adultos, que estão em um estágio de desenvolvimento onde a afirmação da independência é crucial.
Quando uma influência externa é percebida como tendo motivações suspeitas ou manipuladoras, as pessoas podem resistir para evitar serem exploradas ou manipuladas.
5. Experiências passadas
Pessoas que têm um histórico de experiências onde sua liberdade foi restringida de maneira injusta ou abusiva podem ser mais propensas a experimentar reatância, já que isso se torna um gatilho emocional.
Por outro lado, sociedades, ambientes ou culturas que valorizam a liberdade individual podem ter membros que são mais sensíveis a qualquer percepção de restrição.
A reatância psicológica pode ocorrer em diversas situações onde as pessoas percebem que sua liberdade de escolha ou ação está sendo restringida ou ameaçada. Aqui estão alguns contextos comuns onde a reatância pode se manifestar:
Em quais situações a reatância psicológica age?
A reatância pode aumentar os conflitos e desentendimentos em relacionamentos pessoais, prejudicando a comunicação e a harmonia entre as partes envolvidas. Por isso, ela ocorre nos seguintes cenários:
1. Relações interpessoais
Quando um amigo ou membro da família tenta controlar ou ditar comportamentos, a pessoa pode resistir para afirmar sua independência, atrapalhando a criação de um ambiente familiar acolhedor. O mesmo ocorre em relações amorosas, com tentativas de um parceiro de controlar o outro.
2. Educação
Estudantes podem mostrar reatância quando confrontados com regras escolares rígidas ou métodos de ensino autoritários. Então, quando professores impõem certas tarefas ou métodos de aprendizado de maneira inflexível, os alunos podem resistir.
3. Trabalho
Empregados podem experimentar reatância quando políticas da empresa ou ordens dos superiores são percebidas como excessivamente controladoras. Por isso, a imposição de procedimentos específicos sem espaço para flexibilidade ou colaboração dos funcionário pode gerar resistência.
4. Marketing e Publicidade
Anúncios que usam táticas de vendas agressivas, dizendo aos consumidores o que devem fazer, podem desencadear reatância. Então, ofertas que parecem impor uma urgência artificial podem levar os consumidores a rejeitar a compra para afirmar sua liberdade.
5. Saúde e Medicina
Pacientes podem resistir a tratamentos ou recomendações médicas que sentem ser impostos sem seu consentimento ou entendimento. Isso ocorre principalmente quando médicos ou terapeutas recomendam mudanças drásticas de estilo de vida.
6. Tecnologia e privacidade
Restrições no uso de dispositivos ou aplicativos (como controle parental rígido) podem levar à reatância, especialmente entre adolescentes.
Como a reatância psicológica acontece?
Quando a ameaça à liberdade é percebida, a reatância psicológica é ativada como uma resposta emocional. Então, isso pode envolver sentimentos de irritação, frustração ou raiva.
Em geral, então, a reatância é manifestada das seguintes formas:
- Desobediência: Fazer o oposto do que é sugerido ou ordenado como forma de reafirmar a liberdade.
- Ignorar restrições: Não seguir regras ou diretrizes que são percebidas como restritivas.
- Protestos e ativismo: Engajar-se em atividades de protesto ou ativismo contra políticas ou práticas percebidas como restritivas.
- Agressão passiva: Comportamentos como procrastinação ou cumprimento mínimo das regras impostas.
Como minimizar os efeitos da reatância psicológica
Minimizar os efeitos da reatância psicológica envolve estratégias que respeitam a autonomia e a liberdade de escolha das pessoas, promovendo uma comunicação mais eficaz e colaborativa. Então, aqui estão algumas abordagens para alcançar isso:
1. Oferecer opções e exemplos
Fornecer múltiplas opções pode ajudar a reduzir a sensação de restrição. Por exemplo, em vez de impor uma única solução, apresentar várias alternativas permite que a pessoa sinta que tem controle sobre a decisão.
Também é válido reforçar valores por meio de exemplos, especialmente para crianças que costumam ter comportamento imitativo.
2. Comunicação eficaz
Evitar comandos diretos e imperativos. Usar uma linguagem que sugira ou convide em vez de impor. Por exemplo, em vez de dizer ‘Você deve fazer isso’, dizer ‘Que tal considerarmos essa abordagem?’
Por isso, fornecer razões claras e justificadas para certas sugestões ou restrições também pode ajudar as pessoas a entender e aceitar melhor as medidas propostas.
3. Participação e envolvimento
Incluir as pessoas na tomada de decisões pode aumentar a aceitação e reduzir a reatância. Por exemplo, envolver funcionários na criação de novas políticas da empresa pode levar a uma maior adesão.
Então, promover um ambiente de colaboração, onde as opiniões e sugestões das pessoas são valorizadas, pode reduzir a resistência.
4. Respeitar a autonomia
Mostrar que você respeita a capacidade da pessoa de tomar suas próprias decisões pode reduzir a reatância. Por exemplo, reconhecer a competência e a experiência da pessoa antes de fazer uma sugestão.
Ouvir ativamente e validar os sentimentos pode criar um ambiente de confiança, empatia e compreensão entre todos os envolvidos.
Vale a pena entender que, às vezes, o outro não precisa fazer o que você quer. Respeite a diversidade de vivências!
5. Flexibilidade e adaptação
Estar disposto a adaptar a abordagem com base no feedback das pessoas pode ajudar a reduzir a reatância. Então, mostrar que você está aberto a negociações e ajustes pode aumentar a cooperação.
Além disso, implementar mudanças de forma gradual, em vez de abrupta, ajuda as pessoas a se ajustarem melhor e reduzirem a resistência.
6. Incentivos positivos
Usar incentivos positivos em vez de punições ou restrições pode motivar as pessoas a seguir certas direções. Por exemplo, recompensar comportamentos desejáveis em vez de penalizar os indesejáveis.
Lembre-se de destacar os benefícios claros e tangíveis das ações ou mudanças propostas para ajudar a aumentar a aceitação. Então, isso pode ser especialmente importante ao ajudar alguém com vícios.
Não consegue aceitar coisas novas? Então, veja essas dicas para lidar com mudanças na sua vida!
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...