Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
“Como saber se meu filho tem autismo?”, essa é uma das perguntas que martelam frequentemente os pais e as mães, sejam esses de primeira viagem ou não.
E isso acontece em boa parte pelos números significativos e expressivos relacionados ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), uma a cada 44 crianças nascidas fazem parte do espectro autista.
Além disso, a estimativa é que 2 milhões de pessoas no Brasil tenham autismo.
Por isso, neste artigo, vamos falar sobre alguns sinais que podem ser percebidos pelos próprios pais para compreender se há chances ou não de o seu filho ser autista para, assim, iniciar o quanto antes um acompanhamento multidisciplinar. Confira!
O que é autismo?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como autismo, é uma disfunção neurológica que compromete as habilidades comunicacionais e comportamentais do indivíduo que o detém.
Assim, convém destacar que o nome “espectro” vem do fato de essa desordem e seus sintomas se manifestarem em diferentes intensidades (baixa, média e alta).
As causas do autismo não são exatamente conhecidas. Há, no entanto, alguns fatores que os especialistas acreditam que desencadeiam o TEA, como:
- Fatores hereditários;
- Desordens genéticas;
- Fatores biológicos;
- Gravidez em idade avançada;
- Complicações na gravidez.
Como saber se meu filho tem autismo?
O diagnóstico do autismo deve ser realizado por um especialista da área da saúde.
No entanto, existem alguns sinais que você – pai ou mãe – pode observar no seu filho para perceber se há chances de ele ser autista e, assim, conduzi-lo ao melhor acompanhamento.
Listamos alguns deles a seguir!
1. Tem dificuldade para se expressar oralmente
Um dos sintomas que acometem uma boa parte das crianças autistas é a dificuldade para se expressar oralmente ou a mudez completa.
Naturalmente, esse é um ponto que deve ser balizado com a idade da criança, isto é, deve-se analisar se, de acordo com os especialistas, ela já estaria ou não apta para se comunicar de forma verbal.
Assim, se o seu filho já tem idade de verbalizar, mas ainda não o faz ou tem muitas dificuldades para se expressar com as palavras, vale a pena se atentar!
2. Evita o contato visual
Algumas crianças fazem o contato visual de forma breve, enquanto outras nem conseguem estabelecê-lo.
Isso pode acontecer por alguns motivos, mas os principais são que elas se sentem estressadas ou intimidades de olhar no olho de outra pessoa.
Assim, inclusive, esse é um dos primeiros sinais que costumam aparecer, ainda na fase de bebê.
3. Repete certos movimentos e falas
São vários os movimentos que podem ser repetitivos em uma criança autista, por exemplo, estalar os dedos, bater os pés no chão, balançar as mãos e os braços, entre outros.
E em momentos de crise, esse é um sinal que se torna ainda mais perceptível.
Além desse sintoma, existe um outro relacionado à repetição: a de falas e expressões, que geralmente a criança ouviu em alguma conversa ou em um desenho animado, por exemplo. Esse ato é chamado de ecolalia.
4. Não responde quando é chamado
Crianças autistas também não costumam responder quando são chamadas pelo nome ou quando alguém se dirige diretamente a elas.
Nesses casos, ao invés de se estressar e xingar a criança, os pais precisam ter uma percepção de que pode haver algo de errado e, portanto, procurar ajuda profissional.
5. Não se socializa
A dificuldade de socializar é um dos sinais mais presentes no TEA.
E isso pode acontecer em diversos níveis, desde o distanciamento de outras pessoas em momentos que despertam gatilhos nelas, até não conseguir se relacionar de forma alguma com qualquer pessoa, evitando o contato físico, inclusive.
Aqui é preciso um olhar minucioso e cuidadoso para não forçar a criança a fazer coisas que ela não queira, pois isso pode desencadear crises mais graves.
6. Não gosta de barulhos altos
Sons altos, desde músicas até sirenes, são capazes de provocar um estresse profundo na criança autista.
Inclusive, essa é uma das razões que faz com que elas não gostem de interagir em festas, por exemplo.
Assim, devemos destacar que, além dos barulhos, luzes com cores ofuscantes e vibrantes também podem trazer esse incômodo profundo a elas.
7. Tem um interesse específico
Como forma de reduzir o estresse, é natural que as crianças autistas criem um interesse intenso em algum tema específico, como astronomia ou computação, por exemplo.
Nesse sentido, elas procuram se aprofundar completamente nesse assunto e, muitas vezes, se tornam especialistas naquilo, o que costuma surpreender os pais.
8. Brinca com os objetos de uma maneira diferente
Talvez esse seja um sinal que pode ser facilmente percebido pelos pais, ainda nos primeiros anos de vida.
Isso porque a criança autista interage de uma forma diferente com os seus brinquedos, como: alinha-os em filas, organiza-os por cor ou tamanho, etc.
Ou seja, são formas diferentes de lidar com o brinquedo quando comparadas com as maneiras que as crianças que não fazem parte do espectro autista brincam.
Existe algum exame para identificar o autismo infantil?
Não existe nenhum exame que possa identificar se uma pessoa está no espectro autista ou não.
Na realidade, o diagnóstico é realizado de forma clínica, com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais diversos, como neuropediatra, psiquiatra, psicólogo, entre outros.
Naturalmente, esses especialistas podem até utilizar alguns testes específicos para concluírem o diagnóstico, mas não existe nenhum exame físico que faça essa identificação por conta própria.
Como tratar o autismo?
O autismo não tem cura, mas ele exige um acompanhamento multidisciplinar para que a criança tenha qualidade de vida, algo que passa pela socialização, pelo desempenho escolar, pelo relacionamento com a família e os amigos, entre outros aspectos.
Portanto, assim que o diagnóstico for realizado, o tratamento deve ser iniciado com os seguintes profissionais:
- Pediatra;
- Neurologista;
- Psiquiatra;
- Psicólogo;
- Psicopedagogo;
- Fonoaudiólogo;
- Entre outros que forem necessários para o desenvolvimento da criança.
Nesse cenário, convém destacar que a psicoterapia é essencial nesse processo.
Nela, a criança será estimulada com exercícios e jogos voltados para a comunicação, concentração, aprendizagem e outras habilidades.
Além disso, na terapia, a criança autista será orientada para saber como lidar com situações que a desagradam e que causam algum sofrimento.
Isso quer dizer que, dentro das suas condições e limitações, ela se desenvolverá, conseguirá se socializar e até mesmo tornar os seus comportamentos repetitivos cada vez menos frequentes.
Portanto, se você descobriu que o seu filho tem autismo, ampare-o, ofereça ainda mais amor e procure o acompanhamento adequado, com psicoterapia e outros recursos, para levar mais qualidade de vida a ele e permitir que ele se desenvolva em toda sua plenitude!
Quem leu esse artigo também se interessou por:
- 7 formas que os pais colaboram para o desenvolvimento dos filhos“Como saber se meu filho tem autismo?”, essa é uma das perguntas que martelam frequentemente os pais e as mães, sejam esses de primeira viagem ou não. E isso acontece [...]
- Como lidar com a rejeição dos filhos“Como saber se meu filho tem autismo?”, essa é uma das perguntas que martelam frequentemente os pais e as mães, sejam esses de primeira viagem ou não. E isso acontece [...]
- Devemos pedir desculpas aos filhos quando erramos?“Como saber se meu filho tem autismo?”, essa é uma das perguntas que martelam frequentemente os pais e as mães, sejam esses de primeira viagem ou não. E isso acontece [...]
Outros artigos com Tags semelhantes:
- Erros na criação dos filhos: como lidar com a culpaNinguém é perfeito e, definitivamente, nenhum pai ou mãe é perfeito. Até mesmo os pais que aparentam ter tudo sob controle cometem erros e se preocupam com a maneira [...]
- Trauma geracional: como quebrar esse cicloAprender a questionar e mudar os hábitos aprendidos pelos seus pais e avós é um passo essencial para quebrar o trauma geracional que possa acabar causando conflitos familiares durante [...]
- Pais superprotetores: consequências para a vida dos filhosOs pais superprotetores, apesar de agirem bem-intencionados, podem provocar sérias consequências na vida dos filhos. Afinal, essa superproteção, que é um tipo de controle excessivo, tende a impedir que [...]
Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...