Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Franciane Bortoli - Psicólogo CRP 06/205788
Todo mundo já passou ou vai passar pelo luto em algum momento da vida, infelizmente.
Seja pela perda de um ente querido ou de um animal de estimação, pelo término de um relacionamento ou, ainda, pela demissão em um serviço, esse é um sentimento que pode acometer das pessoas mais novas às mais velhas.
Antes que você estranhe, saiba que o luto significa um sentimento profundo de tristeza causado por uma perda.
Portanto, apesar de estar comumente associado à morte, ele também pode surgir diante de outras situações, como as que listamos anteriormente.
Assim, o mais importante é saber vivenciar o luto para conseguir sair dele mais forte.
Acompanhe este conteúdo para saber mais sobre o assunto!
Quais são os sinais do luto?
Primeiramente, é importante entender que o luto não é considerado uma doença.
Afinal, como falamos, todo mundo o vivenciará em algum momento da vida.
Dito isso, saiba que, de forma geral, os sintomas do luto podem ser divididos em emocionais e físicos. Vamos conhecer melhor alguns deles!
Sintomas físicos
- Falta de ar
- Tensão e dores musculares
- Alterações no sono e no apetite
- Dor de cabeça constante
- Batimentos cardíacos acelerados
- Alterações no peso
- Sudorese excessiva
- Imunidade reduzida
- Fadiga e cansaço excessivos
- Náuseas e problemas digestivos
Sintomas emocionais
- Ansiedade
- Estresse
- Tristeza profunda
- Raiva e frustração
- Sentimento de culpa
- Medo de novas perdas
- Estado de choque
- Dificuldade em manter o foco
- Esquecimento
- Crises de choro
Além dos sintomas físicos e emocionais, é possível que a pessoa apresente outros sinais durante a vivência do luto, como o isolamento social, a perda da identidade, a perda da fé (caso seja religiosa), entre outros.
Quais são os estágios do luto?
O luto é dividido em 5 estágios, que foram identificados pela psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, em 1969. Eles são:
1. Negação
Essa primeira fase está relacionada exatamente à primeira reação que temos ao ouvir uma notícia de perda. Nesse contexto, é muito comum dizermos frases como:
- “Isso não está acontecendo. É só um pesadelo.”
Esse é um instinto natural, como um mecanismo de defesa, uma vez que sabemos que aquela situação vai nos afetar profundamente. Por isso, inicialmente a negamos.
Geralmente, após o período de negação, vêm os outros estágios.
Porém, vale dizer que pode acontecer de a negação perdurar por um tempo maior do que o normal, quando o indivíduo ainda reluta em encarar a realidade.
2. Raiva
Depois da negação, vem a segunda fase do luto: a raiva. Junto a esse sentimento, também pode ser encontrada a angústia, a culpa, a frustração e o desespero.
Nesse momento de indignação, é comum que o indivíduo procure encontrar culpados e se questione o porquê a situação aconteceu.
Ou seja, é uma etapa em que outros sentimentos, como a tristeza, ainda são mascarados.
Pessoas de fora costumam olhar para essa fase como uma rebeldia do indivíduo.
3. Negociação
Na tentativa de aliviar a sua dor, a pessoa que vive o luto começa a negociar consigo mesmo ou com outras à sua volta.
Aqui, ela tenta tomar o controle da situação e cria inúmeros questionamentos, como:
- “E se eu tivesse feito tal coisa, será que isso teria acontecido?”
Além disso, o indivíduo tenta realizar algumas barganhas, inclusive com forças divinas, como por meio de promessas. Ou seja, ele busca por desfechos diferentes do que aquele que está vivenciando.
4. Depressão
O quarto estágio do luto é a depressão, ou seja, há realmente a vivência da tristeza profunda e intensa.
É como se a ficha caísse e a pessoa percebesse que é impossível criar cenários alternativos.
Apesar de tudo, vale dizer que essa etapa é decisiva para que se inicie a aceitação e a conformação, como veremos adiante.
Isso significa que é importante passar por ela.
Sua duração pode se estender de semanas ou meses até anos.
5. Aceitação
Por fim, o último estágio do luto é a aceitação.
Nessa fase, a pessoa começa a enxergar a realidade de uma forma mais racional e aceitá-la.
Isso não significa que ela vai esquecer o que aconteceu, mas aprenderá a conviver com isso.
Portanto, o desejável (e necessário) é que todos os que passam pela situação de luto consigam chegar a essa última e importante etapa.
Como superar o luto?
A superação do luto está necessariamente relacionada ao fato de saber lidar com ele. Ou seja, não tem como fugir. É preciso passar por todos os estágios para sair dele bem e ressignificando as situações.
No entanto, é possível encontrar formas mais saudáveis de passar por esse processo natural e desafiador da vida para, então, superá-lo. Assim, listamos algumas dicas a seguir que podem te ajudar com isso. Confira!
1. Vivencie o luto
Vivenciar todos os estágios do luto é importante para sair dele fortalecido e se entender como indivíduo.
Sim, é um importante momento de autoconhecimento. Portanto, não reprima ou negue suas emoções e sentimentos.
Entenda que o luto é um processo que precisa ser vivido. Do contrário, isto é, se você o ignorar ou tentar reprimi-lo, ele pode se estender por um tempo muito maior.
2. Não se isole
Passar por esse momento sozinho pode ser muito mais difícil e doloroso. Isso sem falar que o isolamento pode te fazer cair em uma depressão profunda.
Nesse sentido, procure estar ao lado das pessoas em quem você confia, sejam amigos ou familiares. Se abra com elas e conte sobre as suas emoções.
Caso você não se sinta confortável em se abrir com ninguém, pode ser interessante procurar um psicólogo. Afinal, o mais importante é não guardar para si os sentimentos. Expô-los vai te ajudar a ter uma paz interior.
3. Cuide-se
Durante a vivência do luto é muito importante que você não se esqueça de si mesmo. É importante tentar manter um autocuidado com a sua saúde mental e física. Para isso:
- Faça atividades físicas
- Procure um hobby
- Alimente-se e durma bem
- Pratique atividades de relaxamento
São dicas simples, mas que podem fazer a diferença na hora de superar o luto.
4. Não se compare
Quando vivenciamos uma situação negativa, como é o caso do luto, é comum procurarmos outras pessoas que passaram pelo mesmo para perceber como elas enfrentaram a adversidade. No entanto, isso pode ser bastante negativo.
Isso porque cada pessoa tem o seu tempo e a sua forma de lidar com a questão. Logo, se comparar pode te trazer cobranças indevidas e que podem levar a uma piora emocional, inclusive.
Portanto, não se compare jamais e entenda que a vivência do luto é particular.
5. Mantenha uma rotina
Por fim, tente manter uma rotina na medida do possível. Afinal, manter a mente ocupada pode te ajudar a se sentir mais estável emocionalmente.
No entanto, vá com calma! Respeite o seu tempo e retome a rotina gradativamente, da forma como você se sente melhor e mais confortável.
Como um psicólogo pode ajudar a superar o luto?
Apesar de o luto ser uma situação inerente à vida, a ajuda profissional pode ser de extrema relevância para qualquer pessoa, sobretudo para aquelas que estão com uma maior dificuldade de passar por cada um dos estágios do luto que mencionamos.
Nem sempre será fácil reorganizar os sentimentos e os pensamentos sozinhos depois de uma perda e se adaptar à nova realidade.
Nesse cenário, um psicólogo será crucial para auxiliar no restabelecimento mental e emocional.
Durante as sessões de terapia, você receberá ajuda para transformar o luto em uma memória afetiva e, o melhor, para se autoconhecer. Assim, você não apenas conseguirá superar o luto como aprenderá a lidar com outras adversidades da vida.
Além disso, a psicoterapia também será útil para afastar o desenvolvimento de uma condição mental mais profunda em razão do luto, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada e a depressão.
Portanto, se sentir que está sendo muito difícil, não hesite em procurar um psicólogo para te ajudar a superar o luto!
Psicólogos para Morte e Luto
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Autor: psicologa Psicóloga Franciane Bortoli - CRP 06/205788Formação: A psicóloga Franciane Bortoli é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, possui Formação em Terapia de Casal pelo Instituto Brasiliense de Análise de Comportamento e possui também Formação em Avaliação Psicológica...