Espero que você goste desse artigo. Se você quiser, conheça os psicólogos que atendem em São Paulo presencialmente e também online por videochamada. Autor: Psicóloga Veluma Marzola - Psicólogo CRP 06/124019
Todos nós cometemos erros. Enquanto alguns são simples e fáceis de resolver, outros repercutem por um longo período e de maneiras indesejadas.
Podem até ser irreversíveis em alguns casos. Sejam quais forem as circunstâncias, precisamos lidar com as consequências dos erros cometidos.
Muitas pessoas, no entanto, possuem dificuldade para aceitar, entender e aprender com os seus erros.
Elas deixam as consequências se acumularem e se transformarem em uma bola de neve por temerem realizar uma análise profunda das suas ações ou ter uma conversa sincera com quem foi afetado pelos seus erros.
Crescemos aprendendo que devemos pedir desculpas quando erramos e, ao mesmo tempo, que devemos nos envergonhar dos nossos erros.
Costuma haver uma pressão velada no trabalho, na família e no relacionamento afetivo para evitar errar, pois erros evidenciam as nossas fraquezas e ignorância.
Isso porque, em concomitância, a eficiência, rapidez e perfeição são cobradas como se fossem características inerentes ao ser humano. Dessa maneira, muitas pessoas perdem a oportunidade de aprender a lidar com os seus erros de modos saudáveis.
A importância de aprender com os nossos erros
Embora as consequências dos nossos erros possam ser desagradáveis, elas são um caminho para o nosso crescimento pessoal. Quem tenta não cometer erros ou procura não encarar as repercussões dos mesmos perde oportunidades de aprender.
Pessoas inseguras e com autoestima baixa costumam ter uma postura evasiva em relação aos seus erros.
Elas os enxergam como uma confirmação de suas incapacidades e não conseguem suportar as implicações envoltas neles, então tentam evitá-los o máximo possível.
Esta é uma tentativa de modificar a percepção da realidade para proteger o ego.
Basicamente, é como dizer “está tudo bem” quando claramente não está ou “tudo vai ficar bem” e não tomar ações para alcançar essa realidade, como se a situação pudesse se resolver magicamente.
As consequências dos nossos erros não desaparecem simplesmente porque fingimos que elas não existem.
Não ser capaz de admitir a existência delas acaba causando ainda mais problemas às pessoas – uma situação simples ganha proporções exageradas, as mágoas ficam difíceis de digerir, a culpa pesa na consciência e agrava a ansiedade, entre outros.
Aprender com os erros é, então, necessário tanto para termos atitudes melhores em uma próxima vez e pedirmos perdão a quem magoamos quanto para preservar a nossa saúde mental.
A vergonha, o medo e as dúvidas são barreiras as quais devem ser superadas para que você seja capaz de lidar com os seus erros da melhor maneira possível.
Ao se abrir para analisar o porquê daquele erro ter acontecido, você consegue identificar decisões e atitudes equivocadas, as quais podem ter sido tomadas no calor do momento ou não terem levado em consideração as circunstâncias da situação.
Como lidar com os nossos erros?
Os nossos erros podem passar por nossa mente como um filme centenas de vezes. É difícil se afastar dessas memórias e enxergá-las com um olhar lógico, pois recordar o mal que causamos (mesmo sem querer) aos outros ou à nós mesmos traz um gosto amargo à boca.
Nesse momento, precisamos nos lembrar de que somos muito mais do que os nossos erros.
Somos os nossos acertos e erros, vitórias e derrotas, defeitos e qualidades. O autoperdão precisa ser exercitado para adquirimos a capacidade de analisar os nossos erros com compaixão em vez de julgamento.
Entre as atitudes que você pode tomar para conseguir lidar com os seus erros estão:
1. Assuma responsabilidade pelos seus erros
O medo de assumir a responsabilidade pelos erros costuma estar associado ao medo das consequências e, sobretudo, de não saber como reagir a elas.
O julgamento alheio também costuma ser uma preocupação. “O que as pessoas vão achar de mim se eu assumir que, de fato, errei?” é um pensamento recorrente de quem compartilha do medo da opinião alheia.
O receio de decepcionar entes queridos e indivíduos que as admiram faz com que as pessoas tentem fugir das suas responsabilidades.
Mas é muito mais honroso assumir os erros e tentar corrigi-los do que fingir que nada aconteceu.
Quando você bate no peito e diz a si mesmo “eu fiz isso sim”, você obtém controle da situação. Ela deixa de ser assustadora quando estamos dispostos a encará-la, pois nos deparamos com a realidade em vez de cenários imaginários desastrosos.
Os caminhos para a remediação se tornam visíveis e o peso das críticas diminui.
2. Analise o que aconteceu
Assumir a responsabilidade pelos seus erros também permite que você os analise de maneira objetiva e trace estratégias para evitar cometê-los novamente no futuro.
Para facilitar esse exercício, você pode fingir que outra pessoa cometeu o mesmo erro e avaliar o que aconteceu de uma posição mais confortável, principalmente se estiver com medo de encarar as consequências.
Faça a si mesmo as seguintes perguntas:
- Qual foi o erro dessa pessoa?
- Quais ações cometidas por ela contribuíram para o erro?
- Quais foram as consequências dessas ações?
- O que essa pessoa deveria ter feito para evitar essa situação?
- Como esse erro pode ser evitado no futuro?
- Quais conselhos você daria para essa pessoa?
Ao chegar ao fim dessa reflexão, você terá identificado todos os fatores que contribuíram para o erro, criando um amplo panorama dos acontecimentos. Deste modo, será mais fácil criar estratégias para evitar a repetição dos erros no futuro.
3. Lembre-se que um erro não define quem você é
A resposta de muitas pessoas a um erro é a autopunição. Elas se culpam excessivamente por suas decisões, principalmente quando são tomadas precipitadamente. Porém, tamanha recriminação não é necessária. Erros não definem ninguém!
Se punir por ter errado não contribui para que a situação seja resolvida, não é mesmo? Nem você, nem as pessoas afetadas pelo erro se sentem melhores.
A autopunição pode ajudar a aliviar os sentimentos de culpa e vergonha, bem como a satisfazer a necessidade por compaixão, momentaneamente. Mas também promove a estagnação, o medo de assumir a responsabilidade pela própria vida e a autoestima baixa.
Em vez de dedicar energia a pensamentos autodepreciativos que causam danos à saúde mental, você pode tomar novas atitudes para corrigir os seus erros se assim possível. As condutas adotadas após o erro falam muito mais sobre quem você é e quais valores considera importante.
4. Busque remediar a situação
Depois de analisar a situação e definir as melhores estratégias para gerenciar a crise causada pelo erro, é preciso ativamente buscar remediar a situação.
Se você cometeu um erro em um projeto no trabalho, por exemplo, peça desculpas aos colegas e clientes envolvidos e analise o trabalho desempenhado para que você possa corrigir o que errou.
Questione os demais para descobrir o que você pode fazer para correr atrás do prejuízo. Porém, não se deixe levar por colegas mal-intencionados que tentarem fazê-lo se sentir mal pelo ocorrido.
Da mesma forma, se errou com uma pessoa querida, reflita sobre a situação e os sentimentos negativos que você pode ter desencadeado nela sem querer.
Em seguida, considere o que você pode fazer ou dizer para amenizar o desconforto de todas as partes envolvidas.
É provável que você tenha que esperar alguns dias ou semanas para começar a identificar os efeitos das suas ações reparadoras na vida de outras pessoas e no ambiente.
Então, tenha paciência e deixe que o tempo também faça a sua parte.
5. Mude a maneira como você faz as coisas
Errar e continuar insistindo no erro não é nada produtivo, então procure modificar a maneira como você normalmente faz as coisas.
Analise quais dos seus comportamentos e pensamentos corroboraram para o erro e reflita se eles são recorrentes ou não. Você pode questionar pessoas de confiança sobre isso para aprofundar a sua reflexão.
Depois, procure tomar atitudes distintas na próxima vez que se encontrar em uma situação semelhante àquela que você cometeu o erro. Por exemplo, você é muito crítico consigo mesmo e dificilmente se perdoa quando faz algo de errado?
Procure mudar isso. Aos poucos, você conseguirá perceber as consequências dessa simples mudança de mentalidade no seu jeito de agir.
Em uma folha de papel, você pode traçar novas formas de concluir tarefas diárias e semanais no trabalho, executar afazeres domésticos, tratar pessoas queridas na sua vida e se relacionar consigo mesmo.
Se tiver muita dificuldade para fazer mudanças em seu estilo de vida, procure a ajuda de um psicólogo!
A terapia é uma alternativa excelente para quem não tem familiaridade com a reflexão e, consequentemente, não consegue mudar hábitos e comportamentos prejudiciais.
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Autor: psicologa Psicóloga Veluma Marzola - CRP 06/124019Formação: A psicóloga Veluma é formada há mais de 10 anos e é especialista em Terapia Cognitivo Comportamental. Possui experiência em escuta e acolhimento em Terapia Individual e Terapia de Casal. Atende demandas como ansiedade generalizada, conflitos profissionais, amorosos e familiares, disfunção sexual...
Excelente seu texto, veio ao meu encontro em um momento bem complicado, serviu de base para algumas reflexões importantes.
Obg por este conteúdo.
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Otimo, Parabens, seu texto foi esclarecedor …
Irei colocar em pratica.
Olá! Ficamos felizes que tenha gostado do conteúdo!